Um militar da Aeronáutica foi preso no último fim de semana após furtar seis tapetes de grama de uma praça pública recém-inaugurada de Belém, no Pará. A ação do integrante da FAB, que estava em trajes civis, foi gravada por um munícipe que vive na região, que posteriormente enviou as imagens para a Polícia Civil, que chegou então ao primeiro-sargento Lucélio Mesquita Teixeira, de 46 anos.
O caso, que ocorreu na noite de sábado, se passou na Praça do Arame, que havia sido reinaugurada pelo governador Elder Barbalho (MDB) dois dias antes. É possível ver no registro que o militar estaciona o carro próximo ao gramado, retira os tapetes vegetais e os coloca no porta-malas de seu veículo, limpando as mãos ainda numa poça d’água antes de ir embora.
Lucélio foi autuado pelo crime de furto, artigo 155 do Código Penal Brasileiro, em sua versão simples, que por ser um crime de menor potencial ofensivo nessas circunstâncias (diferentemente de modalidades em que a pena pode chegar a quatro anos), ele responderá ao processo em liberdade. A assessoria da Polícia Civil informou que ele pagou uma fiança, que se não tivesse sido quitada poderia resultar na sua condução para uma audiência de custódia.
A Aeronáutica se pronunciou o confirmou que o acusado é integrante de seus quadros e que um procedimento de apuração será instaurado, embora não tenha tocado na possibilidade de instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para averiguar a conduta do primeiro-sargento. “O Comando da Aeronáutica reitera que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional”, diz a nota da corporação.
“Por meio de imagens de vídeo feitas por ocasião do furto, nós chegamos ao autor do crime, a partir da placa do veículo, e, logo em seguida, checando o endereço dele, encontramos dentro do carro dele os tapetes de grama. Ele recebeu voz de prisão, foi conduzido até esta Seccional, onde foi autuado em flagrante na forma da lei... Vale a pena ressaltar que não houve dano ao patrimônio público. Caso houvesse dano, o delito deixaria de ser afiançável. A grama não estava colocada na praça, ela estava empilhada uma sobre a outra. Não causou nenhum dano”, explicou o delegado Eliezer Machado, que lavrou o registro da ocorrência, segundo reporta o diário local O Liberal.
Em sua defesa, Lucélio Mesquita Teixeira disse acreditar que os tapetes de grama eram sobras e que momentos após levar o material recebeu um telefonema de alguém dizendo ser responsável pelo que ele havia retirado. Ele contou ainda que se prontificou a devolver a grama, mas que quando foi sair de casa já foi abordado pela polícia e conduzido à delegacia. O militar contou também que não acreditava estar fazendo nada ilegal e que sua família estava no interior do veículo no momento do ocorrido, pois eles voltavam de um culto evangélico.
Veja o vídeo: