A TV Globo, a Record TV e a Band estão recebendo uma avalanche de duras críticas nas redes sociais em decorrência de atos cometidos durante a transmissão ao vivo do caso do sequestro de 17 reféns num ônibus interestadual parado dentro da rodoviário Novo Rio, no Rio de Janeiro, ocorrido no fim da tarde desta terça-feira (12). O criminoso, depois de ferir duas pessoas, uma delas gravemente, se entregou e as pessoas que estavam ameaçadas dentro do veículo saíram ilesas do dramático episódio.
O “erro” cometido pelas emissoras teria sido o mesmo já praticado anteriormente em situações semelhantes, como no sequestro do ônibus 174, em 2000, e no caso Eloá, em 2008: mostrar ao vivo o posicionamento dos atiradores de elite colocados em locais estratégicos para “abater” o sequestrador no caso do bandido se expor. O homem que realizou a ação criminosa estava com um celular e podia ver em tempo real o que era colocado no ar pelos veículos de comunicação.
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Há uma espécie de “acordo” das autoridades de segurança de todo o país com os meios de comunicação para que a posição dos snipers não seja mostrada no decorrer da operação, uma vez que o sequestrador pode tomar conhecimento dessa localização e evitar se colocar em áreas onde poderia ser alvejado. Mesmo com esse protocolo em vigor há muitos anos, as emissoras, as maiores do Brasil, repetiram o “erro”.
Enquanto a tensão e o medo ainda tomavam conta de todos nesta tarde e a ocorrência seguia ativa, um coronel da PM, que serviu como porta-voz da corporação e do governo durante a crise, chegou a alertar os jornalistas, na área em frente à rodoviária Novo Rio, de que as TVs não deveriam mostrar os franco-atiradores que trabalhavam no local.