Foi identificada a mulher completamente descontrolada, agressiva e repetindo clichês bolsonaristas que foi filmada xingando e agredindo dois jovens gays que entraram numa padaria no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, na madrugada de sábado (3). As cenas viralizaram nas redes sociais e mostram a acusada, que faz uso de expressões de extrema direita, gritando de forma enlouquecida uma enxurrada de palavrões e insultos contra os rapazes, sob a alegação de “ser branca” e da “família tradicional”.
Conforme o boletim de ocorrência registrando o episódio de homofobia, trata-se de Jaqueline Santos Ludovico, cuja idade não pode ser verificada. Ela aparece nos bancos de dados e cadastros de CNPJ como proprietária de uma empresa de “marketing e assessoria”, que teria como principal atividade “teleatendimento”. Nas redes sociais, apenas o perfil no Facebook de Jaqueline seguia ativo na tarde desta quarta-feira (7).
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A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), em conjunto com a ativista de direitos humanos Amanda Paschoal, informou em seu perfil no ‘X’ (antigo) Twitter que acionou o Ministério Público de São Paulo para que o órgão entre no caso. A ocorrência registrada pelos policiais militares que foram até a Padaria Iracema classificou o delito como injúria e lesão corporal, já que um dos atacados foi agredido com um golpe no rosto e teve sangramento no nariz.
Adrian Grasson Filho e Rafael Gonzaga, o casal alvo dos ataques de Jaqueline, se manifestou pelas redes e expos os vídeos que registraram o crime. Adrian foi também ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito, que será anexado aos autos que comporão o processo contra a acusada.
Já a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo disse, por meio de nota, que “o setor de investigação analisa as gravações apresentadas e realiza diligências, visando identificar novas testemunhas, bem como obter demais evidências que auxiliem na elucidação dos fatos”.