DECISÃO JUDICIAL

Matou frentista atropelado para não pagar diesel e foi absolvido pela Justiça

Caso chocante ocorreu no ano passado na Zona Leste da capital paulista. Caminhão passou por cima do trabalhador

O acusado pelo atropelamento e a vítima.Créditos: Divulgação e redes sociais
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Um caso que chocou o país ocorrido em maio do ano passado teve um final surpreendente e revoltante esta semana. O homem acusado de atropelar um frentista de 66 anos ao empreender fuga de um posto de combustíveis localizado na Mooca, Zona Leste de São Paulo, que teria saído em velocidade do estabelecimento para não pagar pelo óleo diesel abastecido, foi inocentado pela Justiça de São Paulo.

Magno Inácio Gomes tirou a vida de Odair Loureiro e o crime ficou registrado pelas câmeras de segurança do posto, que mostram o idoso tentando evitar a fuga do caminhoneiro, que passa com o veículo pesado por cima da vítima, que tem morte instantânea.

O autor do atropelamento foi preso três dias depois do episódio, escondido num hotel da região central da capital paulista. Ele foi levado a julgamento e o juiz do caso, Fábio Aguiar Munhoz Soares, decidiu pela “absolvição imprópria” do réu, ou seja, pela ausência de culpabilidade do atropelador, uma vez que levou em consideração os laudos apresentados pela defesa do condutor, que apontam que ele sofre de esquizofrenia paranoide e outros transtornos mentais, agravados pelo fato de ser dependente químico.

Até aí, se de fato o acusado tem tal transtorno, efetivamente fica impossibilitada a aplicação das penas previstas para uma acusação de latrocínio. O problema é que o magistrado apenas propôs “atendimento psiquiátrico e recolhimento noturno por dois anos”, sem, no entanto, determinar a internação de Magno.

A família de Loureiro ficou revoltada com a sentença, já que esperava que pelo menos o homem que provocou a morte do parente fosse retirado de circulação, visto que, se de fato apresenta comportamento violento em decorrência da patologia mental grave, não poderia permanecer em convívio social.