A Baixada Santista, no litoral de São Paulo, vive um novo momento de tensão e medo. Um policial militar da Rota, batalhão de elite da PM paulista, morreu no fim da noite de sexta-feira (2) após ser baleado durante patrulhamento no bairro do Rádio Clube, em Santos.
Samuel Wesley Cosmo estava numa incursão por vielas de uma área de palafitas, por volta das 17h, quando tiros foram disparados e o militar foi atingido na cabeça. Ele chegou a ser levado para a Santa Casa de Misericórdia, realizou exames de tomografia computadorizada, mas não resistiu e faleceu no fim da noite.
Horas depois do ataque, as ruas de várias cidades região foram inundadas por centenas de veículos da Polícia Militar e da Polícia Civil, sobretudo da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), unidade de Choque considerada uma das mais letais do Brasil e conhecida há décadas por suas ações que resultam em mortes por todo o estado.
Em julho do ano passado, um soldado de 28 anos também da Rota foi morto dentro de uma viatura que trafegava pelo Guarujá, o que resultou numa resposta chamada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e pelo Palácio dos Bandeirantes de “Operação Escudo”, que num prazo de quase um mês resultou em 30 mortos, muitos deles apontados pelas comunidades da região como pessoas sem qualquer ligação com o crime. Há várias investigações em curso desde então que apuram denúncias de execuções sumárias.
Às 22h24, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez uma postagem em seu perfil oficial no ‘X’ (antigo Twitter) confirmando a morte de Cosmo e se solidarizando com a família do policial. A SSP, minutos antes, anunciou o início de uma nova “Operação Escudo” como resposta para o ataque aos PMs.
“Com muito pesar, recebi há pouco a notícia da morte do Soldado PM Samuel Wesley Cosmo, vítima da ação de criminosos durante patrulhamento em Santos. Identificaremos e prenderemos os responsáveis por atacar nossa polícia. Minha solidariedade a todos os familiares e amigos de Samuel”, escreveu o chefe do Executivo paulista.