BRUTALIDADE

As irmãs que se juntaram para matar a mãe em sessão de tortura e espancamento

Mulher vítima de violência bárbara sobreviveu, muito ferida, e levou caso ao conhecimento da polícia. As duas jovens, de 20 e 21 anos, já estão presas

As filhas acusadas de tentarem matar a própria mãe.Créditos: Redes sociais/Reprodução
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Socos violentos no rosto, esganadura a ponto de perder os sentidos, um pedaço de pano enfiado inteiro dentro da boca, ao mesmo tempo que o nariz era tapado, para provocar morte por sufocamento. Todo esse terror foi vivido por uma mulher de Nova Iguaçu (RJ), cuja idade e identidade foram preservadas, e ocorreu pelas mãos de suas próprias filhas.

Jessica de Azevedo Celestino, de 21 anos, e Vitória de Azevedo Celestino, de 20, foram até a casa mãe, com quem já vinham apresentando sérios problemas, e a surpreenderam sozinha. Assim que entrou na residência, Jessica a arrastou à força para um dos quartos do imóvel e a sessão de socos e pontapés teve início. O pescoço foi apertado de maneira tão intensa que ela perdeu os sentidos por alguns minutos. A vítima conta que não conseguia sair da situação desesperadora porque a filha colocou os joelhos sobre o seu tórax, o que dificultava ainda mais a respiração.

De acordo com a mãe, a outra filha, Vitória, apenas assistia a tudo rindo, se divertindo. Foi então que elas colocaram um pedaço de pano inteiro em sua boca e taparam seu nariz, para matá-la por sufocamento. A certa altura, descontrolada e agressiva, Jessica começou a xingar a mãe aos gritos e o ato despertou a atenção do marido da vítima, que em outra parte da casa. Só com a chegada do padrasto é que a violência cessou.

Horas depois da sessão de terror que viveu, a mãe procurou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu para registrar o que havia ocorrido. A situação dela era tão deplorável, uma vez que sequer conseguia andar, que as investigadoras e a delegada determinaram que a vítima fosse primeiro receber atendimento médico, de ambulância. Quando foi liberada na unidade de saúde, a mãe foi levada de volta à delegacia para relatar a barbárie de que foi vítima.

Monica Areal, a delegada titular da Deam de Nova Iguaçu, diante da absurda e horrenda ocorrência, solicitou à Justiça a prisão preventiva das duas filhas, sob a acusação de tentativa de feminicídio, já que a policial considerou o caso análogo às ocorrências entre casais, visto o vínculo familiar entre as partes. As duas foram encontradas na residência onde vivem, no bairro Rosa dos Ventos, dormindo tranquilamente. Foram algemadas e levadas para prestar depoimento, e depois transferidas para uma unidade prisional, onde devem ficar até a realização de uma audiência de custódia.