A história parece uma maluquice completa, mas ocorreu de verdade e foi no município de Pinhalzinho, em Santa Catarina. Um cachorro, que aparentemente havia fugido, foi encontrado com a vizinha da tutora do animal, com os pelos tingidos de cor escura, com tinta para cabelo humano, e a “nova dona” apenas falava que o bicho era dela, num caso clássico de migué.
Tudo começou com o desaparecimento do cão Theo, da raça Shih-Tzu e de pelagem clara, um macho, no dia 19 de janeiro deste ano. Muita gente se mobilizou para tentar achar o cachorrinho, mas a busca não teve sucesso. A tutora chegou a questionar a vizinha, uma idosa de 61 anos, sobre o paradeiro do bicho. Ela restringiu-se a dizer que não o tinha visto, embora tivesse um cão da mesma raça, só que fêmea, e de pelos escuros.
Quase um mês depois, no último dia 14, uma amiga da tutora do animal viu o bicho no quintal da idosa e o chamou pelo nome. Theo atendeu imediatamente e veio ao encontro da mulher. Foi então que ela avisou à amiga, que ao chegar no local foi recebida de forma esfuziante pelo cão, que pulava de alegria.
A Polícia Civil foi acionada e entrou no caso. De fato, era o cachorro desaparecido e ele havia sido tingido com tinta para cabelo de humanos. A acusada de estar com o pet da vizinha disse que teria encontrado o animal, mas que ele já tinha aquela cor. Sobre o fato de ter dito que se tratava de uma fêmea, embora fosse um macho, ela não soube o que dizer aos policiais. Momentos depois, numa segunda versão, a acusada passou a dizer que tinha comprado a mascote.
A comprovação final da identidade do cachorro deu-se por conta de uma cicatriz que ele já possuía e pelo fato de ter apenas um testículo. Agora, a idosa de 61 anos foi indiciada pelos crimes de apropriação de coisa achada e maus-tratos animais.