Luiz Henrique, jogador do Botafogo e da Seleção Brasileira, foi alvo de uma tentativa de extorsão. Uma prima da ex-esposa do jogador, identificada como Raissa Cândida da Rocha, teria ameaçado divulgar imagens e mensagens íntimas do atleta caso ele não efetuasse um depósito via PIX. A mulher, presa em flagrante, é prima de Ana Carolina Andrade, ex-mulher do atacante, e de quem ele se separou há pouco tempo.
Em suas mensagens, Raissa exige R$ 20 mil e pressiona o jogador por uma resposta rápida. "Manda o comprovante. Não demora pra fazer jogador", escreve. A cada minuto que passa sem a transferência, a pressão aumenta. Em uma das mensagens, ela liga diretamente para Luiz Henrique e insiste: "Desistiu?".
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"Estou no treino. Já faço aí", responde o jogador. Raissa Cândida da Rocha foi indiciada pelo crime de extorsão. Conforme informações da polícia, ela confessou o ato após ser presa em flagrante. Na audiência de custódia, sua prisão foi convertida em preventiva pela Justiça.
A denúncia partiu da SAF do Botafogo no final de setembro, o que levou a Delegacia Antissequestro (DAS) a dar início às investigações. O caso teve início nas vésperas da partida contra o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro, quando um homem fez ameaças semelhantes e chegou a solicitar a quantia de R$ 40 mil.
Na manhã da última quinta-feira (29), enquanto Luiz Henrique estava concentrado para a final da Libertadores, em Buenos Aires, o jogador voltou a ser alvo de ameaças.
As mensagens exigiam um PIX no valor de R$ 20 mil, sob a ameaça de que imagens e outras mensagens seriam divulgadas nas redes sociais. Luiz Henrique chegou a responder e pediu mais tempo, explicando que estava em treinamento.
“As tentativas de extorsão aconteciam antes de jogos decisivos, com o jogador concentrado, num momento psicológico importante. Então, havia um claro interesse em desestabilizar o atleta”, afirmou o delegado Carlos Eduardo Rangel ao g1.
Ao relatar as novas tentativas de extorsão à direção da SAF, o jogador levou o caso novamente à Polícia Civil. Os agentes da DAS orientaram o Botafogo a retirar o celular de Luiz Henrique para evitar que ele continuasse interagindo com os chantagistas. A investigação foi intensificada, e o responsável pelo número foi identificado: tratava-se de um amigo da família da ex-mulher do atleta.
As investigações estão sob sigilo, com o objetivo de identificar e prender outros suspeitos ligados à organização criminosa.