FENÔMENO EXTREMO

VÍDEOS: Ciclone atípico provoca ventos fortes e deixa milhares sem luz no RS

Há dois anos que sistema não era registrado no litoral do estado gaúcho, segundo o MetSul

Ciclone atípico provoca ventos fortes, transtornos e deixa milhares sem luz no RS.Créditos: Reprodução/NASA
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As intensas rajadas de vento do ciclone Biguá, que assolou o Rio Grande do Sul neste domingo (15), causaram a interrupção do fornecimento de energia elétrica em diversos municípios gaúchos. De acordo com o último comunicado da empresa de fornecimento de energia CEEE Equatorial, divulgado às 21h, cerca de 230 mil consumidores estavam sem luz. Pelo menos cinco cidades registraram danos estruturais.

As regiões especificamente afetadas pela interrupção no fornecimento de energia elétrica não foram divulgadas. A concessionária, embora tenha equipes trabalhando no restabelecimento, ainda não possui um prazo estimado para a normalização do serviço.

A intensificação dos ventos no Sul do Rio Grande do Sul era evidente já no início da noite de sábado. A estação meteorológica de Jaguarão, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), registrou rajadas de 75 km/h, que no domingo já eram de mais de 100 km/h. De acordo com o MetSul Meteorologia, “é ainda o primeiro ciclone atípico da costa brasileira no mês de dezembro de 2021, desde a tempestade tropical de Ubá”, disse em nota.

Veja vídeos da intensidade do ciclone subtropical

O que é o Biguá?

Biguá, nome de origem tupi que designa uma ave marinha, foi o segundo escolhido para batizar um ciclone atípico no Brasil. O primeiro foi Akará, nome dado a uma tempestade subtropical que atingiu o Sudeste no início do ano. No Brasil, ciclones não costumam apresentar características tropicais ou subtropicais. Os ciclones extratropicais, por outro lado, são fenômenos típicos no Atlântico Sul, principalmente ao sul das latitudes do Rio Grande do Sul, segundo o MetSul.

A distinção entre os ciclones subtropicais e extratropicais envolve estrutura, localização e os processos que os alimentam. Enquanto os extratropicais são comuns em latitudes médias e altas, associam-se a frentes frias e quentes e dependem de diferenças de temperatura entre massas de ar para se formar. Além disso, possuem núcleo frio, com temperaturas mais baixas no centro do que nos arredores, e frentes meteorológicas bem definidas.

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