Durante uma coletiva de imprensa ocorrida na manhã desta terça-feira (10/12) para acessar detalhes sobre a saúde do presidente Lula, que foi admitido no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no final da tarde da segunda-feira (9/12), para tratar uma hemorragia intracraniana — efeito de uma queda doméstica sofrida em outubro —, médicos responsáveis pelo quadro de Lula falaram sobre seu estado pós-cirurgia.
A equipe do Sírio-Libanês informou, durante a coletiva de imprensa desta terça, que o presidente deu entrada no hospital sob queixas de mal-estar, náuseas e dor de cabeça.
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Mais cedo na segunda-feira, antes de ser admitido, Lula esteve reunido com os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, para discutir emendas constitucionais. Na ocasião, reclamou de dor de cabeça e sonolência, segundo relatos ouvidos pela Folha de S.Paulo.
O encontro, que teria durado cerca de uma hora, foi o último compromisso do presidente antes de ele se dirigir a São Paulo para ser internado.
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Boletim médico
De acordo com um boletim divulgado pelo hospital ainda na segunda (9/12), o presidente precisou passar por uma craniotomia, cirurgia em que parte do crânio é retirada a fim de drenar a área que sofre de hemorragia.
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Apesar de ser um procedimento delicado, fontes próximas e os médicos de Lula afirmaram que ele já está consciente e é capaz de conversar com normalidade. O quadro de saúde está estável e não foram identificados novos riscos.
Roberto Kalil Filho, cardiologista e um dos médicos responsáveis pelo presidente, afirmou que, apesar de não estar em estado grave, Lula deve permanecer na UTI por mais 48h, em observação.
A previsão é de que o presidente esteja de volta a Brasília para suas atividades normais daqui a aproximadamente duas semanas, avistando-se uma evolução pós-cirúrgica normal.
O procedimento a que Lula foi submetido não deve afetar nenhuma atividade motora ou neurológica, nem deixar sequelas.
Também não devem ser um empecilho para viagens aéreas, afirmou a equipe médica.
A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva ("Janja"), foi a única acompanhante do presidente desde Brasília.
