CRIME BÁRBARO

Ela reagiu a um beijo forçado e foi assassinada pelo colega de trabalho

Cintia Ribeiro Barbosa, uma cuidadora de idosos de 38 anos, foi para o emprego achando que era apenas mais um dia comum. Mas seu desaparecimento intrigou familiares e a polícia

A cuidadora Cintia Ribeiro Barbosa, morta pelo colega de trabalho após ser beijada à força.Cintia Ribeiro Barbosa vestida de noiva olha feliz para o fotógrafo no casamento, carregando o buquê de floresCréditos: Redes sociais/Reprodução
Escrito en BRASIL el

Era para ser mais um dia de trabalho normal para a cuidadora de idosos Cintia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, moradora de Goiânia (GO). Na segunda-feira (4), ela foi deixada de carro pelo marino na residência onde era empregada, e desde então desapareceu. No mesmo dia, familiares foram à delegacia e registraram seu desaparecimento.

Diante da situação, os investigadores da Polícia Civil começaram pelo básico e confirmaram que, de fato, ela havia sido levada ao emprego pelo companheiro, entrando para trabalhar normalmente, como fazia todos os dias, na casa onde viviam dois idosos, que fica no bairro Cidade Jardim, na capital goiana. Os policiais constataram também que Cintia não saiu do imóvel depois do ingresso para a jornada de trabalho.

Numa averiguação realizada no local, os agentes perceberam que uma cerca elétrica existente no perímetro, que separa a casa de um lote vizinho, estava arrebentada e com sinais de que alguém havia passado por ali. Ao ingressarem no terreno, o corpo da cuidadora foi encontrado, com sinais de estrangulamento.

Câmeras de segurança passaram a ser analisadas e a polícia descobriu que os únicos a entrarem na área vizinha abandonada foram o casal de idosos que era atendido por Cintia e um homem que também trabalhava para eles, identificado como Marcelo Júnior Bastos Santos. Detido, ele não teve muita opção e acabou confessando o crime.

Segundo as investigações, Marcelo teria beijado Cintia num ato claro de importunação sexual, sem qualquer consentimento por parte dela. Ao se sentir invadida, a mulher reagiu com um tapa no rosto do abusador, que então foi para cima dela e a matou por enforcamento utilizando uma fita de amarrar fraudas.

De acordo com a versão do suspeito, ele matou Cintia e jogou seu corpo por cima do muro que faz divisa com o imóvel ao lado, e essa seria a explicação para a câmera de vigilância não ter captado imagens da mulher passando pela abertura da cerca elétrica divisória. Ele entrou depois pela passagem para ajeitar o cadáver da vítima num local onde não pudesse ser visto ou notada da rua e de outros pontos ao redor do local abandonado.

Preso em flagrante pelo crime de feminicídio na terça-feira (5), Marcelo prestou depoimento e posteriormente foi recolhido a uma unidade penitenciária de Goiás, conforme decidido numa audiência de custódia na qual o juiz determinou a manutenção de sua prisão.