MONSTRO

Matava pessoas sem motivo e depois fazia selfies nos túmulos delas

Serial killer brasileiro, que atuava em Alagoas, foi preso esta semana e se tornou um dos casos mais monstruosos de que se tem conhecimento no país

Albino Santos de Lima, o assassino em série preso em Alagoas.Ex-segurança prisional no estado, ele matava as vítimas e depois ia fazer selfies nos túmulos delas.Créditos: TV Globo/Reprodução
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A investigação começou imaginando que se tratava apenas de mais um homicídio por razões banais, pessoais ou até mesmo por engano, mas o que viria na sequência se tornaria talvez a descoberta do mais sinistro serial killer da história do Brasil.

 Ana Beatriz dos Santos, uma adolescente de 13 anos, foi morta a tiros sem qualquer motivo aparente na noite de 8 de agosto deste ano, num bairro da periferia de Maceió, capital de Alagoas. A família ficou devastada com a barbaridade e frieza da execução, enquanto as autoridades não compreendiam o que poderia ter se passado. Na investigação, um dos passos técnicos mais elementares foi realizado, como é praxe. O projétil retirado do corpo da vítima foi submetido a um exame popularmente chamado de “DNA balístico”, quando as micro ranhuras cravadas na pequena peça de metal disparada é analisada para que, eventualmente, outros crimes cometidos com a mesma arma sejam descobertos.

Por meio de câmeras de segurança, posteriormente, foram encontrados registros do homem que teria disparado contra a garota. Embora seu rosto não estivesse exposto o suficiente para ser analisado num banco de imagens, moradores da região o reconheceram, já que ele vivia relativamente próximo da casa da vítima e do ponto onde o crime ocorreu: tratava-se de Albino Santos de Lima, 42 anos, um ex-segurança do sistema prisional alagoano, filho de um policial militar aposentado.

Com a identificação em mãos e uma ordem judicial para prendê-lo, policiais civis foram até o endereço onde Albino morava com o pai e lá o detiveram. A casa foi revistada e uma pistola calibre .380 foi encontrada e apreendida pelas autoridades. O exame do “DNA balístico” foi inequívoco: o projétil que matou Ana Beatriz tinha saído daquela arma. Na prática, uma prova material suficiente para levar o assassino a uma condenação.

Só que, cruzando os dados do tal “DNA balístico”, os investigadores descobriram que a pistola tinha sido usada em outros nove assassinatos (três homens e seis mulheres, além de Ana Beatriz), todos cometidos num raio máximo de 900 metros da casa de Albino, e ocorridos de um ano para cá.

Com a apreensão do celular do suspeito e uma análise bem aprofundada do aparelho por parte dos peritos criminais alagoanos, utilizando uma tecnologia de ponta para ingressar no dispositivo e recuperar arquivos deletados, a Polícia Civil descobriu elementos muito mais macabros e assombrosos.

Albino registrava no calendário do celular os dias dos assassinatos. Todas as datas batiam perfeitamente com o momento em que cada vítima tinha sido morta. Na galeria de imagens, a mais sinistra das provas. O ex-segurança penitenciário ia até os cemitérios onde as pessoas que ele matava eram enterradas e tirava selfies na frente das lápides tumulares, onde se vê o nome das vítimas, suas fotos e as datas de nascimento e morte.

O celular tinha ainda em seu calendário datas futuras com nomes de pessoas, o que fez a polícia concluir imediatamente que outras mulheres e homens seriam mortos num futuro próximo. Questionado sobre os fatos constatados, Albino assumiu oito dos dez assassinatos e disse que essas pessoas “eram ligadas a facções”, informação totalmente descartada pelas autoridades, que não encontraram nem um só ponto de relação entre os mortos com algum tipo de atividade criminosa.

Diante de tal morbidez e maldade, os responsáveis pelo inquérito não têm dúvidas de que Albino seria um serial killer, ou seja, um assassino em série que age por psicopatia. Todas as mulheres mortas tinham relativa semelhança física.

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