MONSTRUOSIDADE

Polícia esclarece caso dos 2 meninos mortos por envenenamento no Rio

Benjamim Rodrigues Ribeiro e Ythallo Raphael Tobias Rosa, respectivamente de 6 e 7 anos, morreram no último mês após ingerirem um alimento dado a eles por um homem na rua

Ythallo e Benjamin, mortos por envenenamento no Rio.Os amigos Ythallo e Benjamin foram envenenados por um homem que é ex-companheiro da mãe de um deles.Créditos: Redes sociais/Reprodução
Escrito en BRASIL el

A Polícia Civil do Rio de Janeiro esclareceu um crime brutal e revoltante ocorrido há pouco mais de um mês que chocou o país. Os meninos Benjamim Rodrigues Ribeiro e Ythallo Raphael Tobias Rosa, respectivamente de 6 e 7 anos, morreram envenenados após uma pessoa dar um alimento a eles na rua, no bairro Cavalcante, na Zona Norte da capital fluminense.

 No dia 30 de setembro, Ythallo já havia morrido na UPA de Del Castilho, após dar entrada na unidade com vômitos e desfalecendo. Horas depois, Benjamin Rodrigues Ribeiros, um menino de 6 anos que estudava na mesma escola que Ythallo, chegou na mesma emergência com sintomas idênticos, de onde foi encaminhado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul. Ele não resistiu e teve morte cerebral, que foi confirmada pelos médicos em 9 de outubro.

Num primeiro momento, a Polícia Civil desconfiou que algo poderia ter ocorrido no estabelecimento de ensino, mas a Secretaria de Educação do Rio informou que Ythallo não tinha ido à aula naquela segunda-feira, 30 de setembro, nem na sexta anterior, dia 27. No entanto, os investigadores descobriram que os dois amigos brincaram juntos durante um bom tempo aquele dia nas ruas do bairro onde morava. Foi numa dessas ocasiões que eles receberam, sabe-se agora, uma porção de açaí com chumbinho.

De acordo com as autoridades, Rafael da Rocha Furtado, que é ex-namorado da mãe de Benjamin, foi o autor da atrocidade. Ele deu o alimento envenenado ao menino, que dividiu com o amigo, para se vingar da antiga companheira, de quem estava separado desde julho deste ano.

Conforme apontado no inquérito, o acusado teria ido buscar Benjamin na escola e então dado o açaí contaminado à criança. No caminho para casa, o garoto encontrou o colega de brincadeiras, compartilhando o alimento com veneno. Horas depois os dois começaram a passar mal, mas não disseram qualquer coisa que pudesse apontar para a responsabilização do homem.

Na sexta (8), a Justiça concedeu, após um pedido da Polícia Civil, um mandado de prisão temporária contra Rafael, mas o acusado desde então encontra-se foragido.