Numa entrevista ao podcast Agro Em Debate, o agrônomo e palestrante Ricardo Arantes faz um prognóstico sombrio sobre o futuro dos eventos com peões pelo Brasil.
Segundo Arantes, "daqui a uns 5, 6, 7 ou 8 anos não vamos ter peão mais".
O motivo está diretamente ligado aos governos do PT, desde Lula em 2002, com o incentivo ao estudo das classes populares a possibilidade de o pobre chegar à Universidade, as políticas de cotas e até a construção de novas Faculdades e Escolas Técnicas pelo país: o menino larga o cavalo pelo estudo.
Este é o fim da fábrica de peões, como antes houve o fim da "fábrica de empregadas domésticas", quando a profissão era passada de mãe para filha, que desde jovem "ajudava" a mãe e assim aprendia o futuro ofício, clico que começou a ser rompido com o acesso à possibilidade do acesso à Universidade pelo mais pobres nos governos do PT, magistralmente mostrado no filme "Que horas ela Volta", de Anna Muylaert.
"Nos currais, nas fazendas, o pai era peão e o menino dizia: 'Pai, eu quero fazer o que você faz'. Aí logo tinha um cavalinho, o menino de 14 anos, de 12 anos aprendia com o pai e já virava um peão e ia embora. Agora, hoje é proibido por lei... e o pai não quer. 'Não, meu filho, você não vai ser peão não, você vai estudar, você vai se doutor, vai fazer uma coisa melhor. A profissão do pai não, a profissão do pai é ruim, sofrida'. A fábrica de peão acabou", diz Antunes.
Confira:
Siga o perfil da Revista Fórum e do escritor Antonio Mello no Bluesky