O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), figura histórica da política brasileira, foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin, um tipo de câncer linfático que afeta células essenciais do sistema imunológico.
Suplicy descobriu o diagnóstico em julho deste ano, mas a informação foi divulgada publicamente apenas nesta segunda-feira (28), por meio de uma matéria da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.
Apesar de o câncer linfático ser considerado agressivo, o diagnóstico precoce oferece boas perspectivas de cura. Aos 83 anos, o deputado mantém suas atividades políticas sem alterações significativas.
O parlamentar já iniciou o tratamento com imunoquimioterapia e, até agora, passou por quatro sessões. Recentemente, ele contraiu pneumonia e precisou de internação, mas recebeu alta médica no último sábado (26) e, no domingo (27), compareceu às urnas para votar em Guilherme Boulos (PSOL) na eleição para a prefeitura de São Paulo.
Praticante de esportes ao longo de toda a vida, o que contribui para um físico atlético e saudável, Suplicy tornou-se, nos últimos tempos, um defensor da cannabis medicinal. Com diagnóstico de Parkinson, ele utiliza a cannabis como parte de seu tratamento.
Recentemente, Suplicy compartilhou no Instagram uma foto em que aparece usando um vaporizador para consumir cannabis, acompanhada da legenda: "Terapêutica e medicinal".
O que é o linfoma não Hodgkin
O linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, responsável por combater infecções e doenças no corpo. Ao contrário do linfoma de Hodgkin, caracterizado pela presença de células de Reed-Sternberg, o linfoma não Hodgkin abrange um grupo diversificado de subtipos, variando em agressividade e sintomas.
O desenvolvimento dessa condição ocorre quando células do sistema linfático, principalmente linfócitos, crescem de forma descontrolada, formando tumores nos gânglios linfáticos, baço, fígado e até em outras partes do corpo. Esse câncer é mais comum em pessoas com sistema imunológico comprometido e pode se manifestar por meio de sintomas como aumento dos linfonodos, febre, fadiga e perda de peso inexplicada.
O tratamento depende do tipo específico e estágio da doença, incluindo desde vigilância e medicação até quimioterapia e imunoterapia.