Imagens estarrecedoras que circulam nas redes sociais desde a noite de sexta-feira (25) mostram algo surreal e inacreditável num local onde tal fato, em hipótese alguma, poderia acontecer. Militares do Exército Brasileiro realizam um baile funk, com bebidas alcoólicas e muito tumulto e gritaria generalizada, dentro de uma unidade da corporação, o 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista no Rio de Janeiro. Foi lá que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) serviu durante sua curta e indisciplinada carreira como oficial das Forças Armadas.
No vídeo, que viralizou nas últimas horas, é possível ver os militares sem camisa, às centenas e apenas com a parte de baixo do fardamento, dançando ao som altíssimo do funk, com copos de bebidas alcoólicas, o que é expressamente proibido e considerado crime no Código Penal Militar, em pleno pátio do batalhão, com uma gigantesca bandeira que identifica a unidade estendida ao fundo. Segundo testemunhas que participaram da festa, um churrasco foi organizado e realizado em pleno horário de serviço.
O Comando Militar do Leste (CML), circunscrição do Exército Brasileiro responsável pela área territorial dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, se manifestou sobre a esbórnia no 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista e informou que os militares que aparecem nas imagens foram “presos” (aquartelados, na verdade), embora já tenham sido liberados, e que um “procedimento administrativo minucioso foi instaurado” para a averiguar a conduta dos envolvidos.
“Os integrantes do Batalhão permaneceram aquartelados após a festa, logo que o escalão imediatamente superior tomou conhecimento do ocorrido para a preservação da disciplina, imediato esclarecimento inicial do fato e das circunstâncias que o envolveram, bem como para a identificação dos transgressores e principalmente dos responsáveis... Tais desvios de conduta de alguns dos seus integrantes não são tolerados e os que transgrediram não representam a imensa maioria dos que pautam, dia e noite, o seu comportamento por parâmetros rígidos de disciplina”, escreveu o CML do Exército Brasileiro em nota oficial.
Veja as imagens: