TRAGÉDIA

Como uma confraternização acabou em morte com tiro acidental da arma de um PM

Amigos estavam reunidos num apartamento em Guarujá, no litoral paulista, quando tragédia envolvendo duas mulheres ocorreu. Uma delas acabou perdendo a vida

Maria Eduarda Fardelone de Carvalho, que morreu após disparo acidental.Créditos: Redes sociais/Reprodução
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Uma confraternização entre amigos num apartamento localizado em Guarujá, no litoral de São Paulo, terminou numa grande tragédia na noite de domingo (20). Entre os participantes estava um policial militar de folga, e foi justamente a arma dele, da corporação, que provocou o episódio. Maria Eduarda Fardelone de Carvalho, de 25 anos, era uma das convidadas. Ela acabou morrendo depois de ser atingida no rosto por um tiro acidental da pistola .40 do PM.

De acordo com a primeira versão apresentada à Polícia Civil no registro da ocorrência, uma amiga da vítima, de 24 anos, que não teve a identidade revelada, foi mexer na arma do PM, quando o disparo ocorreu. Na história contada por ela, e apresentada no boletim de ocorrência (BO), a autora do tiro estava na sala com Maria Eduarda e o policial, dizendo que ignorava o fato de ele estar armado. O vê-lo tirar a arma, ela teria ficado curiosa para mexer no objeto, pedindo ao agente de folga para fazê-lo.

Ainda em sua versão, o PM teria alertado para o perigo do manuseio, já que ela não tinha qualquer experiência com armamentos, mas teria tirado a pistola da cintura, retirado as munições e entregado na mão da mulher. Ela relatou à corporação que Maria Eduarda pediu para ver a pistola também. Foi aí, quando fez um movimento com o braço direito para entregar a pistola à amiga, que o tiro teria sido dado, já que haveria uma bala na câmara, acertando a face da colega.

Outra versão

O policial militar envolvido no casou apresentou outra versão na delegacia. Ele afirmou que não entregou a arma à amiga. Disse que manteve a pistola guardada e que, pouco antes do disparo, a colocou em cima do sofá enquanto calçava o tênis. Ele escutou as duas jovens conversando a respeito da arma e, em seguida, ouviu o disparo. Na sequência, viu Maria Eduarda caída no chão e a outra mulher jogar a arma no sofá,

Homicídio culposo

O BO foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. A pistola do policial foi apreendida e a autora do disparo foi colocada em liberdade após o pagamento de uma fiança de R$ 1.500. Já o PM, também preso em flagrante, segue detido e foi encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo.