O caso da morte do youtuber Carlos Henrique Medeiros, de 26 anos, muito conhecido na plataforma de vídeos por manter um canal com dois milhões de seguidores, no qual publicava pegadinhas, ainda segue sob investigação da Polícia Civil de São Paulo, que não descarta nenhuma possibilidade para o ocorrido, embora uma versão venha ganhando força como a provável explicação para o mórbido episódio.
Ele foi encontrado morto no sábado (30) no quintal de uma casa de Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, após desaparecer no dia de Natal (25). O corpo estava sepultado numa cova rasa na residência de um amigo do rapaz. Vizinhos passaram a sentir um cheiro estranho vindo do imóvel e, como já sabiam do sumiço de Medeiros e do fato de seu último paradeiro ser a casa dos tais amigos, entraram no local e localizaram o cadáver. No dia seguinte, o casal anfitrião apresentou-se na delegacia de forma espontânea e contou uma história inusitada para a morte e o sepultamento clandestino do youtuber.
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Segundo Renan José, de 28 anos, e sua esposa grávida, Caroline Mello, de 24, os amigos donos da casa onde o corpo de Medeiros foi encontrado, ele teria consumido muita cocaína e ao ir para o banheiro fazer sexo com irmã de Caroline, que tem 16 anos, teria passado mal e desmaiado após ter um orgasmo. Ainda de acordo com a versão estranha, apavorados, os três teriam tido a ideia de sepultar o rapaz no quintal, em vez de chamar socorro médico ou a polícia.
O problema é que a adolescente que manteve relações sexuais com o rapaz, em depoimento o delegado que preside o inquérito, confirmou de forma detalhada e idêntica a versão da irmã e do cunhado. De acordo com sua oitiva, Medeiros teria ido ao banheiro transar com ela, mas sob forte efeito de cocaína, e ao concluir o ato íntimo teria desabado e entrado em parada cardiorrespiratória.
A garota também confirmou o trecho da versão de Renan e de Caroline sobre terem ficado assustados e sem saber o que fazer, parindo a ideia de enterrar o corpo no quintal como solução. Ainda que a versão ganhe força, a Polícia Civil segue aguardando os laudos do Instituto de Criminalística que determinarão se o youtuber foi acometido, de fato, de um mal súbito, e por quais razões, ou se ele foi vítima de homicídio.
Renan e Caroline seguem presos por ordem judicial. Após os primeiros depoimentos, o delegado Luís Hellmeister, titular do 1° DP de Itapecerica da Serra, achou prudente pedir a prisão preventiva dos dois, por ter fortes suspeitas de que o caso poderia ser de homicídio. Se isso não se confirmar, os acusados podem responder apenas pelo crime de ocultação de cadáver.