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Os culpados pela explosão que deixou 4 trabalhadores feridos na refinaria Abreu e Lima, segundo petroleiros

Acidente aconteceu poucos dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar investimentos para retomar obras na unidade

Explosão na Refinaria Abreu e Lima deixa 4 feridos.Créditos: Reprodução
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Quatro trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca (PE), ficaram feridos após explosão em um tanque da unidade. Um deles teve ferimentos leves e já recebeu alta, enquanto os outros três permanecem internados com queimaduras de segundo grau. 

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram as chamas no tanque logo após a explosão. Segundo a Petrobrás, o acidente foi causado por "um fagulhamento seguido de chama, rapidamente controlada". 

"As causas serão investigadas e as unidades de produção da Refinaria operam normalmente, sem outros impactos", diz comunicado da empresa. 

Os culpados, segundo petroleiros

Para a Fundação Única dos Petroleiros (FUP), o acidente na Refinaria Abreu e Lima, unidade que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recentemente, anunciou investimentos, foi causado pela "terceirização e desmonte" na área de segurança do trabalho promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro e pela própria Petrobrás. 

“É urgente que a atual gestão da Petrobrás reveja esse modelo inseguro. É preciso investir na contratação de técnicos de segurança industrial e de manutenção próprios via concurso”, afirma o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, que também é técnico em Segurança do Trabalho.

Coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro PE/PB), Sinésio Pontes vai na mesma direção. 

“O acidente está diretamente associado à consequência de uma política de desinvestimento que a RNEST vinha sendo submetida, o que implica assumir riscos cada vez mais graves na operação e manutenção dos maquinários e que podem, como já ocorreu, levar a morte de trabalhadores".

Segundo a FUP, a redução dos investimentos da Petrobrás em Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SMS) nas gestões Temer e Bolsonaro teve impactos diretos na precarização de processos. Em 2014, esses investimentos atingiam U$ 2,4 bilhões e caíram para US$ 1,4 bilhão em 2022.