Rinaldo Oliveira Amaral, o “Mingau”, baixista da banda Ultraje a Rigor, levou um tiro que perfurou seu crânio e atravessou seu cérebro, de acordo com sua equipe médica. O ataque aconteceu em Paraty, litoral fluminense, na noite do último sábado (2).
O Hospital São Luiz do Itaim, em São Paulo (SP), onde o baixista está internado, concedeu uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (5) para dar atualizações sobre o estado de saúde de Mingau.
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"O projétil penetrou na caixa craniana na região frontal esquerda, ele não foi retido dentro do crânio, ele provavelmente transfixou e se perdeu no ambiente onde houve o acidente", disse o neurocirurgião Manuel Jacobsen.
De acordo com os médicos, a bala não está no corpo de Mingau - não havia resíduos do projétil dentro de sua cabeça. Foi identificado o buraco pelo qual a bala entrou e outro pelo qual ela saiu de seu crânio.
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"Nós fizemos os exames clássicos e adequados para a situação — incluindo exames de imagem da cabeça aos pés. Ele foi para o centro cirúrgico, uma vez que havia traumatismo craniano, para prevenir infecções e remover situações de coágulos que se formam no tecido traumatizado. Tudo foi feito de acordo com as normas e as técnicas adequadas. Ele está em uma unidade neurointensivista. Operações futuras podem ser necessárias, mas só o tempo irá dizer. Na UTI se fazem exames e se avaliam", informou o médico.
Segundo o neurocirurgião, Mingau está em observação após a realização de uma cirurgia emergencial e o seu tecido cerebral precisa reagir bem ao traumatismo: “Hoje é difícil estabelecer um prognóstico devido às condições biodinâmicas. A cirurgia não terminou, nós a fizemos na fase aguda e ele está em observação. Caso seja necessário, faremos outra”, afirmou Jacobsen.
A notícia da situação de Mingau veio à público através do vocalista do Ultraje a Rigor, Roger Moreira, que publicou um tweet pedindo por ajuda para localizar um neurocirurgião que pudesse atender ao seu amigo e colega de trabalho.
"Mingau, nosso baixista, foi baleado na cabeça. Está em Paraty e precisa de um neurocirurgião. Se alguém souber de algum disponível, por favor, avisem. Obrigado!", escreveu Roger.
Um suspeito pelo crime chegou a ser preso no mesmo dia do acontecido, após a polícia receber uma denúncia anônima sobre onde o possível envolvido estava localizado. A Polícia Militar foi direcionada ao mesmo bairro que o crime aconteceu – Ilha das Cobras – e prendeu o suspeito, que está à disposição da Justiça e da investigação policial.