ESTUDANTES DE MEDICINA

Masturbação coletiva de estudantes de Medicina é um ato “nojento e criminoso”

Se manifestaram contra o ato a UNE, parlamentares, Felipe Neto, o Centro Acadêmico e a Atlética da própria universidade entre outros

A maturbaçã coletiva dos Estudantes de Medicina da Inisa.Créditos: Reprodução de Vídeo
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O “punhetaço” feito em maio por estudantes de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), em São Paulo, foi repudiado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), várias deputadas, pelo empresário e blogueiro Felipe Netto, pelo Centro Acadêmico e pela Atlética da própria universidade.

O caso de “masturbação coletiva” aconteceu em maio, durante o Intermed, competição esportiva entre universidades realizada de 2 a 9 deste mês, mas só viralizou neste fim de semana.

Nas imagens, cerca de 20 homens aparecem correndo na quadra com as calças abaixadas. Eles simulam uma “Volta Olímpica” enquanto tocam suas partes íntimas. Já em outro vídeo, é possível ver a presença dos estudantes em uma plateia assistindo ao jogo feminino e simulando a masturbação.

Felipe Neto

Felipe Neto mencionou em sua conta do Twitter o Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino. “Olá, ministro. Sei que pode parecer ‘pouco’, mas não é. Que recado o país está dando ao deixar que esses alunos de medicina façam isso impunemente?”, escreveu.

“Isso é crime. Teremos o silêncio das autoridades por se tratarem de futuros médicos? Ou algo será feito? Confio em você”, encerrou.

A deputada Marina do MST (PT) afirmou que parte do time de futsal masculino da Unisa foi expulso dos jogos universitários após a masturbação coletiva.

“O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece. São essas mesmas figuras que cuidarão da nossa sociedade quando formados médicos? Não por acaso, o curso da mesma faculdade é conhecido pelos trotes violentos, misóginos e hierarquizantes”, publicou ela.

Outra que comentou o caso foi a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ): “simplesmente nojento e criminoso o que estudantes de Medicina da Unisa fizeram no Intermed, torneio esportivo entre faculdades de Medicina de São Paulo. Esperamos que a Unisa tome providências, porque é um horror pensar que esses homens serão futuros médicos”.

O Centro Acade^mico Rubens Monteiro de Arruda, da Faculdade de Medicina Santo Amaro, afirmou: “Repudiamos as atitudes demonstradas nos vídeos que estão circulando nas mídias sociais. Tais feitos são um retrocesso para a nossa universidade e, portanto, não representam a nossa querida Casa”.

A Associação Atlética Acadêmica José Douglas Dallora, da mesma universidade, afirmou que “as filmagens circuladas pela mídia não são contemporâneas e não representam os princípios e valores pregados pela atlética. Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório”, continua.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) afirmou nesta segunda-feira (18): “Absurdas as cenas dos alunos de medicina da Unisa durante os jogos universitários. Esses estudantes precisam ser responsabilizados pelos crimes cometidos em uma conduta inaceitável durante um jogo de vôlei feminino. Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo”.

Procurada pelo Globo, a Universidade de Santo Amaro (Unisa) não se pronunciou sobre o ocorrido até a última atualização deste texto.