FEMINICÍDIO

PM homenageado por salvar crianças mata a companheira no RJ

Sargento foi condecorado por heroísmo há 6 anos. No domingo (9) ele assassinou a mulher, horas após saírem para se divertir. Família diz não saber de problemas com casal, mas há quem diga o contrário

Sargento Antônio Ricardo Azevedo e a vítima, Giselle Capella.Créditos: Redes sociais/Reprodução
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Tudo parecia absolutamente normal na relação do sargento Antônio Ricardo Azevedo da Silva, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, com Giselle Correa Capella, uma funcionária da Secretaria de Administração Penitenciária, que viviam juntos havia 10 meses. No último sábado (9) eles até teriam saído para se divertir. Só que a mulher acabou sendo executada a tiros em sua casa, onde coabitava com o companheiro, em Tribobó, bairro de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, no domingo (10).

Após os disparos, o PM foi até a 74ª DP e se entregou à Polícia Civil e admitindo ter cometido o assassinato. Uma unidade do Samu chegou a ir até a casa, que fica num condomínio, para localizar a vítima, onde se comprovou que efetivamente já não tinha mais vida. O local foi preservado para que uma perícia fosse realizada ainda naquela noite.

Antônio Ricardo era até então considerado um PM exemplar. No ano de 2017 ele foi condecorado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a Alerj, quando ainda era cabo, por ter atuado heroicamente salvando crianças que tinham sido sequestradas por criminosos que roubaram uma van de transporte escolar. A moção de aplauso emitida pelos parlamentares foi pelo que chamaram de “ato de bravura”.

Familiares do sargento e algumas pessoas ligadas a Giselle disseram que os dois viviam muito bem na casa de propriedade dela, onde moravam também dois filhos da servidora pública, frutos de outra relação. Mas algumas pessoas ouvidas até o momento pelas autoridades que investigam o crime revelaram à Polícia Civil que Antônio Ricardo vinha ameaçando a companheira e os filhos dela caso Giselle terminasse o relacionamento, o que estaria sendo ventilado há algumas semanas pela vítima.