NA CADEIA

Aluno de psicologia é preso acusado de abusar sexualmente de mais de 300 crianças

Jovem de 26 anos usaria jogos virtuais e plataformas para atrair as vítimas. Veja o que a polícia encontrou na casa dele e o que sabe até agora sobre os crimes

Estudante de psicologia acusado de estuprar mais de 300 crianças é levado por policiais.Créditos: TV Globo/Reprodução
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Um jovem de 26 anos, aluno de um curso de psicologia, foi preso na manhã desta quarta-feira (9), em Foz do Iguaçu (PR), acusado de ter abusado sexualmente de mais de 300 crianças. A Polícia Civil do Paraná, com apoio de agentes da Polícia Federal, fez uma operação e invadiu a casa do suspeito, com mandado judicial, local onde foi encontrado um vastíssimo material contendo pornografia infantil.

De acordo com a delegada-chefe da Divisão de Polícia Especializada da Polícia Civil paranaense, Luciana Novaes, o rapaz usaria plataformas de jogos on-line, onde há muitas crianças e pré-adolescentes, para aliciar as vítimas, que eram abusadas tanto presencialmente como de modo virtual. Ela explica que o acusado agia de forma a se passar por um participante da idade dos demais jogadores.

“É um crime muito silencioso porque a criança fica entretida horas nos jogos de computador, nos celulares. Nesse caso, o homem se passava por um colega de jogos, uma criança ou um adolescente. Se fazia passar por uma criança usando uma fala, uma linguística mais infantil. Os pais precisam ficar atentos porque esses jogos não são apenas distrações, são veículos em que as crianças podem ser vítimas de crimes”, disse Luciana à reportagem do jornal O Globo.

No material criminoso apreendido pela polícia existiam mais de 1.700 arquivos contendo imagens de pornografia infantil, sendo que pelo menos 350 deles teriam sido produzidos pelo próprio investigado, ou seja, continham imagens do estudante universitário estuprando as crianças. As autoridades acreditam que o homem usava dos conhecimentos acadêmicos da área de psicologia para conquistar a confiança dos menores com mais facilidade.

Levado pelos policiais para o IML, onde realizou exame de corpo de delito, para na sequência ser conduzido a uma unidade prisional paranaense, o acusado responderá pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro de vulnerável virtual, produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil e aliciamento de criança para a prática de atos libidinosos.