Com a implantação de uma cultura cada vez mais tecnológica e imediatista, diversos aspectos de comportamentos sociais foram alterados. Dentre eles, a educação não está de fora, pois a forma como o sujeito estuda nos dias de hoje é bem diferente da rotina de um estudante há 30 anos, por exemplo.
Se antes os alunos iam às escolas com grandes livros em suas mochilas, agora um smartphone atende a maioria das funções normalmente utilizadas para o aprendizado. No entanto, o costume de realizar leituras para aprender um novo conteúdo não mudou: de acordo com uma pesquisa realizada pela plataforma Olinecurriculo, essa é a maneira favorita de estudo para 59% dos entrevistados.
Com 31% de adesão e em segundo lugar, estão os famosos vídeos de tutoriais, que consistem em ensinar alguma prática através de uma narrativa que conta com imagens detalhadas da ação. O que demonstra tamanha recepção é a quantidade de possibilidades de tutoriais disponíveis nas plataformas digitais, como o YouTube.
A utilização de ferramentas como aplicativos e consumo de séries e filmes também aparecem como respostas, com 23% e 20% de adesão, respectivamente. Ao todo, 1336 estudantes participaram do questionário.
Como adaptar a rotina de estudos de maneira mais eficiente
Uma problemática frequente enfrentada pelos estudantes atualmente é a quantidade de informações à disposição, bem como as inúmeras funções que os aparelhos eletrônicos oferecem. O que deveria facilitar, pode dificultar o momento de estudo do aluno.
Isso porque a atenção acaba se dispersando facilmente ao receber mensagens e notificações e o assunto complexo da escola ou faculdade acaba sendo facilmente trocado por alguns minutos de entretenimento nos dispositivos.
Matthew Bernack, professor na Escola de Educação da Universidade da Carolina do Norte (UNC) em Chapel Hill (EUA), estuda a ciência do aprendizado e apontou algumas práticas menos eficientes nas rotinas de estudo, que podem ser substituídas e fazer a aprendizagem render mais.
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Estude em períodos curtos, constantemente
Muitos estudantes possuem dupla jornada, precisando conciliar trabalho com os estudos. Isso costuma impossibilitar uma rotina de longas horas de estudo. No entanto, é mais proveitoso que o aluno separe apenas algumas horas para reforçar o conteúdo do que acumular demandas no fim de semana – o que, além de cansativo, prejudica a compreensão, devido ao limite da capacidade cognitiva.
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Interaja com o que você aprende
Embora a leitura aprofundada do assunto seja necessária para basear a percepção que se tem sobre ele, ela é vista apenas como uma introdução ao aprendizado. A ação de responder questionários, realizar exercícios e procurar compreender o caminho que se traça até a resposta, por exemplo, testa o quanto o aluno compreendeu da matéria, de fato.
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Pausas entre os conteúdos
Outra técnica que demonstra resultados satisfatórios é o ato de concentrar-se em um conteúdo por um período preestabelecido e realizar pausas após este momento. Isso permite com que a sua mente assimile as novas informações adquiridas e descanse, antes de consumir um novo conteúdo.