TRAGÉDIA

Policial mata prestador de serviços da CET após discussão

Testemunhas relataram à polícia o motivo da briga que culminou com o assassinato de Alberes Fernandes de Lima, em São Paulo

Manifestantes protestaram contra o assassinato do trabalhador.Créditos: Reprodução/TV Globo
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Uma discussão em uma movimentada avenida de São Paulo, na noite desta quinta-feira (13), teve como consequência o assassinato de Alberes Fernandes de Lima, prestador de serviços da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

O trabalhador foi morto depois de uma briga com um policial militar.

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Testemunhas relataram à polícia que a vítima estava colando faixas de sinalização. Em consequência dos ventos fortes, causados pelo ciclone extratropical, uma faixa se soltou e atingiu, acidentalmente, a moto em que estavam o PM e um amigo.

Depois disso, o policial, que não teve seu nome revelado, parou estacionou, começou a discutir com Alberes, sacou a arma e atirou. O funcionário morreu no local.

A versão do policial militar no boletim de ocorrência (BO) apontou que ele transitava pela avenida, quando precisou fazer uma manobra arriscada para desviar de uma faixa que estava sendo colocada na via. Ele teria parado para se dirigir a um homem que estava no alto da escada.

Porém, ele alegou que o funcionário o agrediu com socos e teria tentado pegar sua arma.

O PM disse, ainda, segundo o BO, que “para resguardar sua integridade física conseguiu sacar a arma e efetuou um disparo”, e chamou uma viatura.

O policial foi indiciado por homicídio e vai passar por audiência de custódia.

Outro funcionário desmente versão do PM

O funcionário que estava trabalhando com Alberes desmentiu a versão do policial.

Ele declarou que os dois prestavam serviços de instalação de faixas para a CET e que, em determinado momento, depois de uma das faixas se soltar e quase acertar o motociclista, o condutor da moto parou, entrou em luta corporal e atirou em Alberes.

O trabalhador destacou, ainda, que o PM deixou o local depois de fazer o disparo.

Moradores do bairro protestaram contra o crime, durante a madrugada, e fecharam trecho da Rodovia Fernão Dias. A polícia foi chamada e usou bombas e balas de borracha para dispersar os manifestantes.

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