IGREJA MUNDIAL

Bolsonarista Valdemiro Santiago sofre ação de despejo e justiça autoriza arrombamento de templo

Defesa justifica o calote dizendo que a igreja passa por dificuldades financeiros por causa da pandemia. À época, Santiago tentou vender feijões "milagrosos" a R$ 100 que curariam a Covid, mas justiça considerou estelionato.

Valdemiro Santiago e Jair Bolsonaro.Créditos: Presidência da República
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Vivendo um verdadeiro inferno financeiro, com dívidas e penhora de bens, o pastor bolsonarista Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, recebeu mais um duro golpe da justiça, que atendeu a uma ação de despejo e autorizou até mesmo o arrombamento pela polícia do templo onde funciona a sede da igreja em Guarulhos (SP).

A sentença é do juiz Artur Pessoa de Melo Morais, que atendeu a um pedido da TRV Administração e Participação, dona do imóvel, que afirma ter tomado um calote de R$ 157 mil do pastor. O templo foi alugado em outubro de 2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), por R$ 55 mil mensais.

Como justificativa, a Igreja Mundial alegou que passa por dificuldades financeiras por causa do longo período de pandemia, quando os templos tiveram que ser fechados.

Na ocasião, Santiago tentou vender feijões crus que seriam milagrosos para curar a Covid-19. A justiça, no entanto, proibiu a ação, considerando estelionato.

Em 2020, quando já respondia a oito ações de despejos por falta de pagamento do aluguel, o pastor culpou o que chama de "Exu Corona", em referência ao coronavírus, pelos calotes.

A igreja, no entanto, já acumulava uma série de processos do tipo mesmo antes da pandemia. De acordo com um levantamento feito pela revista americana Forbes, em 2013, Valdemiro é dono de um patrimônio de 400 milhões de reais. Ele, no entanto, contesta esse dado.