MATO GROSSO

Aluno com autismo é agredido por professor em meio a crise de ansiedade

O estudante estaria ameaçando sua professora quando um segundo professor chegou para tranquilizar a situação, mas acabou o agredindo

O menino, seus pais, os professores e o responsável pela escola foram levados até a Delegacia de Polícia Civil de Sinop.Créditos: Reprodução
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Um aluno com autismo, de 13 anos, foi agredido pelo seu professor na escola após ter uma crise de ansiedade, em Sinop, no Mato Grosso, nesta quinta-feira (29). 

O caso aconteceu na Escola Estadual Olímpio João Pissinati Guerra. O menino agredido estava afastado das atividades escolares por atestado médico há mais de um mês quando retornou às aulas nesta semana. 

Segundo o boletim de ocorrência, o menino estava no meio de uma crise de ansiedade quando começou a ameaçar a professora ao atirar as carteiras contra ela, quando um segundo professor foi chamado para apaziguar a situação, mas acabou batendo no aluno. A Polícia Civil está investigando o caso. 

De acordo com a Diretoria Regional de Educação (DRE), o professor responsável pela agressão foi afastado do cargo. Além de ser diagnosticado com Transtorno de Espectro Autista (TEA), o estudante também possui Transtorno Opositor Desafiador (TOD). 

O aluno possui histórico de comportamento violento envolvendo agressões tanto nesta escola, quanto em outra que frequentou anteriormente, e não é a primeira vez que esta situação é observada. Ele foi encaminhado para atendimento em uma unidade de saúde próxima.  

Embora o adolescente possuísse uma professora acompanhante, além da professora de turma, como é previsto pela Lei Federal nº 12.764/12, não é incomum a falta de infraestrutura escolar para prestar uma educação inclusiva. 

Em outubro de 2022, a Secretaria de Educação do Estado do Mato Grosso (SEDUC-MT) realizou uma reunião com profissionais da educação através do Projeto Autismo na Escola, que visava preparar os professores para uma educação igualitária

“A formação joga luz sobre o tema e mostra que a educação inclusiva não é colocar a criança com autismo no ensino regular e esperar que ela aprenda, apenas por estar naquele ambiente. É necessário um acompanhamento diferenciado, pois, os autistas, em princípio, não possuem comprometimento cognitivo, e são tão capazes de aprender quanto qualquer criança”, informa o portal da SEDUC-MT.