MISTÉRIO

Idosa dorme três dias ao lado do corpo do marido e família desconfia da história

Caso ocorreu em distrito de Campinas (SP) e polícia investiga versão de que ela “não notou” a morte. Cheiro do cadáver, que tinha marcas, era notado na rua. Entenda

Cadáver estava na cama onde idosa dormia, por três dias.Créditos: Instagram/Reprodução
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Uma história macabra está intrigando a Polícia Civil de São Paulo. Uma idosa de 80 anos dormiu por três dias ao lado do corpo do marido, de 64, e alegou que “não tinha notado” que ele estava morto. O caso, que veio à tona no último dia 12, ocorreu no distrito de Ouro Verde, em Campinas (SP).

Familiares de Hélio de Noronha dizem que a versão apresentada pela esposa dele tem várias inconsistências. Uma filha da vítima, identificada apenas como Graziela, afirma que um filho da mulher entrou em contato com ela para informar que seu pai havia sido encontrado morto em casa, embora não soubesse explicar o que havia ocorrido. A esposa de Hélio estava o tempo todo lá, dormiu por três noites na mesma cama em que estava o cadáver, que já apresentava um avançado estado de decomposição.

“Ele não sabia explicar, falando que o corpo do meu pai já estava em estado avançado e que há três dias que a mulher do meu pai estava dormindo junto com ele”, disse Graziela, que estranhou também o fato de o pai estar trajado com calça jeans e casaco. “Quem conhece meu pai sabe que a vida dele era só bermuda, camiseta e chinelo”, acrescentou.

Graziela conta que ao chegar ao local onde o pai estava morto, o cheiro era fortíssimo já do lado de fora, o que aumentou ainda mais a desconfiança dela e de familiares em relação à versão apresentada pela madrasta.

“Na segunda-feira, quando a gente chegou lá à noite, o cheiro estava muito avançado. Na hora que a gente chegou no portão, já veio o cheiro na sala. Eu abri a porta do quarto, estava muito forte. Como que uma pessoa vai dormir ao lado de um idoso e não vai saber que ele tá morto?”, questiona a filha.

A família diz ainda que o rosto de Hélio aparentava ter sinais de violência, embora ninguém queira atribuir a alguém o suposto ato de agressão que possa ter ocorrido. O fato de a companheira dele, a idosa de 80 anos, que não teve a identidade revelada, não ter ido ao velório do marido, que foi realizado com caixão fechado, também chamou a atenção dos parentes.

Em nota oficial, a assessoria da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso foi registrado no 9° Distrito Policial de Campinas, que solicitou uma perícia completa para compreender melhor as circunstâncias da morte. “Laudos periciais foram solicitados e estão sendo elaborados – tão logo forem finalizados serão analisados pela autoridade policial. As diligências prosseguem para esclarecer os fatos”, disse a SSP.