Um homem brasileiro teve a ‘brilhante’ ideia de se juntar ao grupo terrorista conhecido como ‘Estado Islâmico’ e acabou preso pela Polícia Federal na madrugada do último domingo (11), no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, quando tentava deixar o país.
As autoridades já sabiam sobre os seus planos de deixar o país e se juntar ao grupo que atua em regiões da Síria e do Iraque. O ‘Estado Islâmico’, conforme ficou conhecido, é uma milícia extremista islâmica, de linha religiosa sunita, que ficou famosa internacionalmente entre 2014 e 2015 quando passou a controlar um amplo território fronteiriço, com ‘capital’ na cidade iraquiana de Raqqa. Além disso, é importante pontuar que não representa a totalidade da comunidade muçulmana e sunita, sendo frequentemente comparado aos setores fascistas e supremacistas do ocidente - que também não o representam em totalidade - por conta de suas práticas e visões totalizantes de mundo.
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Criado a partir de uma dissidência da Al-Qaeda e após a morte e queda de Saddam Hussein, o grupo aproveitou tanto os escombros da invasão dos EUA no Iraque, como a então em desenvolvimento Guerra Civil Síria, para se expandir.
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Adepto de uma interpretação extremista da lei religiosa ‘Sharia’, a milícia apresentou uma hábil forma de lidar com a internet e novas tecnologias dela derivada para recrutar novos integrantes em todo o mundo, incluindo membros oriundos dos EUA e de países da União Europeia. A organização também ficou famosa pela brutal e sistemática perseguição contra minorias religiosas, em especial ao povo iazidi, e qualquer comunidade que resistisse ao seu poderio. Ainda está ativa, mesmo que enfraquecida em relação aos seus 'anos dourados'.
A PF já investigava o homem, que não teve sua identidade revelada. Horas antes foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o suspeito em Barbacena (MG) e São José dos Campos (SP).
Ele acabou preso no portão de embarque internacional em Guarulhos e é investigado pelo crime de integrar e promover uma organização terrorista. De acordo com a Lei 13.260/16, caso condenado, pode pegar de 5 a 8 anos de prisão, e multa.
