CASO INCOMUM

Mistério: Piloto e namorada morrem com febre, dores e manchas vermelhas pelo corpo

Douglas Costa, corredor de Fórmula C300, e a dentista Mariana Giordano apresentaram sintomas mortais após visitarem duas cidades, uma em SP e outra em MG. Veja o que se sabe

Mariana Giordano e Douglas Costa.Créditos: Redes Sociais/Reprodução
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O piloto de Fórmula C300 Douglas Costa, de 42 anos, e a namorada dele, a dentista Mariana Giordano, morreram no mesmo dia após apresentarem sintomas semelhantes: febre, dores pelo corpo e erupções na pele (manchas vermelhas purulentas). Os dois óbitos, resultado de sintomas súbitos e simultâneos, fizeram com que o caso se tornasse um verdadeiro mistério para os epidemiologistas de São Paulo e de Minas Gerais.

Segundo familiares, o casal teria ido para uma área rural na região de Campinas (SP) e lá permanecido até o dia 3 deste mês. No mesma data, eles foram para Monte Verde, um distrito do município de Camanducaia (MG), permanecendo lá até dia 4, quando os sintomas já apareciam em Costa.

Internado num hospital privado de Jundiaí, o piloto morreu no dia 8. A namorada, que também passou a apresentar os sintomas logo após a ida deles para a região do Sul de Minas, também faleceu no mesmo dia, mas numa unidade particular de saúde de São Paulo. A hipótese inicial cogitada pelos médicos é de febre maculosa, uma doença causada por uma bactéria transmitida através da picada do carrapato-estrela.

A Vigilância Epidemiológica de Jundiaí (SP) ventilou oficialmente também a hipótese de as mortes terem sido causadas por dengue ou leptospirose, além da febre maculosa. No entanto, há algumas incoerências nos dados apresentados até agora, o que dificulta saber de fato o que ocorreu com o casal.

Como chegaram a Monte Verde no dia 3 e os sintomas começaram na mesma data, os epidemiologistas não creem que uma contaminação pelo carrapato-estrela tenha ocorrido por lá, já que o período de incubação da doença vai de dois a 14 dias. A Prefeitura de Camanducaia (MG), onde fica o distrito rural, salientou também que aquela zona é livre de casos de febre maculosa há mais de 20 anos, o que tornaria a ocorrência ainda mais improvável.

Os médicos e pesquisadores, diante do quadro, passaram então a estudar a possibilidade de uma contaminação originada na região de Campinas (SP), onde o casal esteve anteriormente. Amostras do sangue das duas vítimas fatais foram coletadas e encaminhadas para o Instituto Adolpho Lutz, referência no Brasil, que deverá apresentar um laudo mais claro e definitivo sobre o que de fato provocou a morte do corredor e da dentista.