Depois de uma noite com o filho de 9 anos apresentando sintomas de doença respiratória e vômitos, Priscila da Silva Ramos resolveu sair de casa e procurar ajuda profissional na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Conceição, em Osasco (SP). Quando finalmente chegou o atendimento, ela ficou perplexa e revoltada com a postura e a atitude do médico Marcos Wesley da Silva. As informações são do repórter Neto Rossi, do portal Cotia e Cia.
Segundo a mãe, o médico sequer olhou para o paciente e nem mesmo o examinou. Ele teria feito poucas perguntas, como por exemplo, se ela tinha olhado a garganta da criança para ver se estava inflamada. Poucos minutos se passaram e o médio, então, deu uma receita para Priscila. O papel, com o timbre oficial da Prefeitura de Osasco e da unidade de saúde, continha uma prescrição muito incomum.
Além de amoxilina, ibuprofeno, dipirona, prednisolona e acetilcisteína, Marcos Wesley indicou ainda o consumo de “sorvete de chocolate duas vezes ao dia” e do jogo eletrônico “Free Fire” diariamente. ““Ele colocou meu filho na cadeira e nem olhou para ele. Ele não examinou meu filho e nem explicou os medicamentos que estava receitando... Ele debochou do meu filho, debochou da gente. Eu estava tão cansada que nem consegui reagir”, contou a mãe à reportagem.
Na receita sem sentido, o médico assina como neurologista, mas quem entra no site do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) encontra a informação que Marcos Wesley da Silva não tem qualquer especialidade reconhecida pelo órgão.
Em nota, a Prefeitura de Osasco restringiu-se a dizer que “A OS (Organização Social) responsável pelas UPAs informou que efetuou o desligamento do médico de seu quadro de prestadores de serviços”, sem fazer qualquer outra consideração sobre o episódio.
A reportagem da Fórum não conseguiu contato com o médico Marcos Wesley da Silva. O espaço segue aberto para que ele dê sua versão sobre os fatos.