As cenas de um bolsonarista que matou atropelado um acusado de furto na terça-feira (25), em São Paulo, após tê-lo visto pegando o celular de um outro motorista no trânsito, viralizaram nas redes sociais nesta sexta (28). O homem, totalmente descontraído, feliz e sorridente faz uma grotesca cena que emula um ‘standup comedy’ mostrando o corpo do suposto ladrão, que está esmagado embaixo do seu carro.
“Lúcifer Morningstar recebe mais um membro da equipe”, “agora, vou para a delegacia assinar um assassinato… Mentira! Deus é mais” e “hoje não vai ter cervejinha, nem picanha” foram algumas das frases “humoradas” do seguidor de Jair Bolsonaro (PL), que ainda reclama de uma fantasiosa aparição “dos Direitos Humanos” na cena, que transcorreu em meio a uma movimentada avenida da capital paulista, em horário de grande movimento.
Fazendo referências desconexas ao presidente Lula (PT) o tempo todo, ele debocha fazendo o “L”, símbolo com a mão usado durante a campanha eleitoral do ano passado, e ainda segue “eufórico” após ter matado uma pessoa. “Menos um fazendo de L”, diz feliz, sem explicar que relação o sujeito que acabara de matar tem com qualquer partido político ou ideologia.
Com a Polícia Militar e rumando para uma delegacia, ele comemora que “nem a homicídio culposo responderá”, dizendo que o delegado iria registrar a ocorrência como “atropelamento”, embora ele assuma o tempo todo que jogou o carro propositalmente contra o homem. Configurar o ato como uma ‘legítima defesa’ também é juridicamente controverso, já que não teria havido qualquer forma de violência ou emprego de ameaça por parte do acusado, que teria praticado um furto, não um roubo.
As imagens mostram como o Brasil desceu às profundezas da perversidade após a ascensão da extrema direita no país e como o discurso de uma presumida ‘legítima defesa’ tem levado esses extremistas a adotarem uma postura bárbara no convívio em sociedade.
Veja o cena postado por um perfil radical no Twitter: