O cinegrafista Thiago Leonel Fernandes da Motta, de 40 anos, que realizava trabalhos para a Globo, GloboPlay e Prime Vídeo, além de ser um dos fundadores do projeto “Samba Pra Roda”, foi assassinado com nove tiros na noite de sábado (1°) num bar lotado, ao lado do estádio do Maracanã, no Rio, após a realização de um Fla-Flu válido pelas finais do Campeonato Carioca. O autor do crime seria o policial penal Marcelo de Lima e o motivo que levou à tragédia é inacreditável.
Torcedor do Fluminense, Thiago estava com um amigo, identificado como Bruno Tonini de Moura, de 38 anos, que também foi ferido e precisou passar por cirurgia após os disparos, permanecendo até o momento na UTI de um hospital da Zona Norte do Rio. A origem de tudo teria sido uma disputa por duas pizzas brotinhos, as últimas da vitrine do bar.
De acordo com clientes que testemunharam o crime, Thiago pediu as duas pizzas em miniatura e só restavam elas no estabelecimento. O policial penal ficou enfurecido e alegou que já tinha pedido os dois alimentos antes, o que o motivou a tentar pegar uma das pizzas do prato do cinegrafista e fotógrafo. Uma confusão se instalou e Marcelo teria sido colocado para fora do bar a pancadas pelos frequentadores do local.
Minutos depois, já armado, o policial penal entrou e disparou nove vezes contra Thiago e Bruno. O primeiro morreu na hora, dentro do botequim, enquanto o segundo foi socorrido e levado para uma unidade de saúde da região. O autor dos tiros foi preso em flagrante por policiais militares que patrulhavam o entorno do Maracanã e responderá pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil e por tentativa de homicídio.
A Secretaria de Administração Penitenciária emitiu uma nota neste domingo (2) na qual diz “repudiar todo ato de violência praticado pelos seus servidores e acrescentando que será aberto um Procedimento Disciplinar Administrativo, paralelo à investigação feita pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil.
Pessoas que estavam no local do assassinato filmaram o momento dos disparos feitos pelo policial penal e o pânico entre os frequentadores do bar. Veja o vídeo: