CRIME BÁRBARO

Policial penal que teria matado por pizza mantém forte militância bolsonarista

Publicações do agente que teria assassinado cinegrafista da Globo e GloboPlay são recheadas de armas, conteúdo antivacina e culto ao ex-presidente extremista. Veja postagens

Policial penal acusado de matar cinegrafista no Rio faz forte propaganda de Bolsonaro nas redes.Créditos: Redes sociais/Reprodução
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O policial penal Marcelo de Lima, preso em flagrante pela PM do Rio de Janeiro sob acusação de ter matado com nove tiros o cinegrafista e fotógrafo Thiago Leonel Fernandes da Motta, de 40 anos, que também era fundador do projeto Samba Pra Rodar, num bar próximo ao estádio do Maracanã, na noite de sábado (1°), após um Fla-Flu, mantém uma forte militância em defesa do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PL).

O cinegrafista Thiago Motta, morto num bar por causa de uma pizza

O motivo do crime, segundo uma reportagem do portal g1, teria sido uma disputa por duas pizzas brotinhos, as últimas que restavam no estabelecimento, e poderia ter sido potencializada por questões de futebol. A vítima fatal era um profissional reconhecido e já tinha atuado em produções da TV Globo, do GloboPlay e do Prime Vídeo. Um amigo de Motta, Bruno Tonini de Moura, de 38 anos, também foi atingido e foi operado num hospital da Zona Norte do Rio, onde permanece internado numa UTI.

Vestido com uniformes militares e camuflados, embora seja funcionário do serviço penitenciário do Rio de Janeiro, o policial penal (termo usado de pouco tempo para cá para as carreiras de agente penitenciário e carcereiro), Lima faz postagens há quase cinco anos enaltecendo de forma explícita e direta o ex-mandatário radical que deixou a Presidência da República em 31 de dezembro do ano passado, sempre empunhando armas de grosso calibre, como fuzis.

As publicações dizem que Lima “faz parte do exército de Bolsonaro”, que “está com Bolsonaro” e também fazem menção aos números de campanha, como candidato, do militar aposentado ultrarreacionário que governo o Brasil de 2019 a 2022. Numa delas há uma imagem de fundo da tropa do Bope, da PM do Rio de Janeiro, com armas de grosso calibre, em formação para uma ação tática.

Entre as postagens há também ataques ao PT (“PT NUNCA MAIS”) e referências ao presidente Lula como “ladrão”. Também aparecem conteúdos antivacina questionando a eficácia dos imunizantes desenvolvidos para combater a pandemia da Covid-19. Numa delas ele faz referência positiva, por meio de um meme, ao tenista sérvio Novak Djokovic, que se recusou a receber a vacina, atacando então os ex-jogadores de futebol Maradona e Casagrande.

Veja as imagens e conteúdos compartilhados pelo policial penal em seu perfil no Facebook: