Vários estados do Nordeste estão sendo castigados por fortes chuvas nos últimos dias. O Maranhão é um deles. No município de Buriticupu, a 515 quilômetros da capital São Luís, por exemplo, as tempestades e a erosão obrigaram a saída dos moradores e podem fazer com que a cidade desapareça do mapa.
As enormes e assustadoras crateras formadas chegam a até 70 metros de altura e 500 de comprimento, ameaçando “engolir” as casas, o principal receio da população.
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Em 19 de março, 36 pessoas foram resgatadas nas regiões de Buriticupu e Santa Luzia, com ajuda de helicópteros do Centro Tático Aéreo (CTA).
Cinco vilas, nos dois municípios, localizadas em uma área de vale, foram atingidas por deslizamentos de lama. Conforme o CTA, uma base de apoio para as equipes de buscas foi montada no povoado Faísa, em Buriticupu.
A Defesa Civil Nacional esteve no município, neste domingo (27), para elaborar estudos sobre as áreas afetadas pela erosão e as estradas atingidas pelas fortes chuvas. A prefeitura de Buriticupu tenta arranjar mais recursos que conter o avanço da erosão e retirar as famílias das áreas de maior perigo.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e o Ministério das Comunicações também estiveram no Maranhão para prestar apoio aos municípios.
O que é a “voçoroca”
As crateras enormes que se abriram na região são causadas por um fenômeno geológico chamado “voçoroca” (“boçoroca” ou “buracão”), que acontece em áreas onde a vegetação é escassa e, por isso, não existe mais proteção do solo. Com isso, chuvas fortes deixam os terrenos mais propensos a desmoronamentos.
A prefeitura de Buriticupu divulgou que o fenômeno é comum na cidade e, nos últimos anos, já “engoliu” 50 casas.
Em consequência das fortes chuvas no Maranhão, 49 municípios decretaram Situação de Emergência. Já morreram seis pessoas, 31.230 famílias foram afetadas e 5.843 estão desabrigadas e desalojadas no estado, segundo o G1.