BRUTALIDADE

Polícia divulga como foi simulação de suicídio de Yanny; assassino deixou mensagem

Os detalhes da morte chocam e laudo mostra que vereadora ainda estava viva quando autor fez simulação. Ele não se matou logo em seguida, permanecendo na casa

Créditos: Instagram/Reprodução
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O inquérito sobre a morte da vereadora Yanny Brena (PL), de Juazeiro do Norte (CE), assassinada pelo namorado Rickson Pinto, que cometeu suicídio após o crime, na noite do dia 2 deste mês, foi encerrado e divulgado nesta quinta-feira (23) em detalhes pela Polícia Civil do Ceará.

As investigações e os laudos da perícia científica detalharam de forma minuciosa a maneira como a vítima morreu, assim como revelaram a dinâmica pormenorizada do que ocorreu na elegante residência da jovem parlamentar, que também era médica.

Segundo o documento, os corpos de Yanny, de 26 anos, e Rickson, de 27, não estavam de mãos dadas, como chegou a ser veiculado nas redes sociais à época do ocorrido. A vereadora foi assassinada por asfixia. Ela foi estrangulada, mas ainda viva foi colocada pendurada pelo pescoço num cabo elétrico, pelo namorado, para que um suicídio fosse simulado.

A vítima tinha ferimentos nos braços e em várias partes do corpo, muito característicos de uma luta corporal. Os legistas chegaram à conclusão que Yanny estava viva quando foi colocada na forca porque o cabo usado apresentava sinais disso. As unhas dela estavam quebradas e havia resquícios e indícios nos braços de Rickson que comprovaram a tentativa de resistir da jovem.

A polícia descobriu também que o assassino demorou quatro horas para se suicidar por enforcamento, permanecendo todo esse tempo dentro do imóvel, junto ao corpo da companheira. Só depois desse tempo é que ele tirou a própria vida, se suicidando próximo do local em que o cadáver de Yanny estava pendurado.

Não houve carta de despedida deixada pelo assassino, diferentemente do que fora noticiado anteriormente. Porém, Rickson enviou mensagens num grupo de familiares falando sobre o que faria e pedindo para que cuidassem de uma filha pequena que ele tinha com outra mulher.

Não houve qualquer motivação política para o crime, tampouco a vítima foi alvo de abuso sexual. O inquérito mostrou que Rickson não aceitava o fim da relação que, embora não parecesse, era extremamente conturbada. Segundo testemunhas ouvidas, o homem agredia a namorada e tinha um comportamento possessivo. Ele já havia manifestado que não aguentava mais bancá-lo, já que o assassino não trabalhava.