O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, se pronunciou sobre o programa que visa baixar o preço de passagens aéreas no país nesta quarta-feira (15) durante o lançamento da Frente Parlamentar de Portos e Aeroportos (FPPA), no Congresso Nacional, em Brasília.
A nova declaração sobre o assunto ocorre um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamar a atenção de seus ministros para que eles não anunciem promessas sem antes acertar com a Casa Civil e o Palácio do Planalto. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense no último domingo (12), França havia feito o primeiro anúncio sobre o projeto Voa Brasil, que visa acertar com as companhias passagens aéreas, utilizando assentos ociosos de voos, a R$ 200 (o trecho) para aposentados, estudantes e funcionários públicos.
O ministro disse que o projeto, se der certo, “será uma revolução na aviação brasileira". "A meta é encontrar passagens a R$ 200 (o trecho), R$ 400 ida e volta, de qualquer lugar do país. O que estamos buscando é comprar a ociosidade dos espaços. As companhias brasileiras chegam na faixa de 30 milhões de passageiros, cada uma delas, operando com 78% a 80% de vagas ocupadas. Outras 20% saem vazias. Eu quero essas vagas para as pessoas que não voam”, declarou na ocasião.
Já nesta quarta-feira, França informou que as aéreas Azul e Gol "já toparam" participar do programa, que segundo ele seria encampado pelas próprias empresas, sem custos ao governo federal.
“Elas estão formatando as ideias de como vão propor isso. Pelo menos duas toparam já, a Gol e a Azul, e tenho certeza também que a Latam vai topar”, disse.
França admitiu, ainda, que "realmente era melhor" que a Casa Civil tivesse sido consultada antes de anunciar o projeto, mas ponderou que discutiu a ideia em uma reunião com Lula e outras 50 pessoas na última sexta-feira (10).
De acordo com o ministro, a Secretaria Nacional de Aviação Civil irá se debruçar sobre o tema e estudar o projeto junto às companhias aéreas nos próximos dias. “Durante vários períodos do ano, elas operam com ociosidade mesmo. Se as empresas encontrarem jeito de fornecerem essas vagas para as pessoas a preços menores, temos que comemorar. É super positivo que façam isso, e nós do governo temos que incentivar”, detalhou.