Ao tentar explicar a suposta morte dos peixes do espelho d'água do Palácio da Alvorada após ordem para retirar as moedas que são jogadas por turistas do local, Michelle Bolsonaro deu uma versão estranha e deixou mais perguntas que respostas.
O fato veio à tona a partir da entrevista que um servidor do Alvorada deu ao site Metrópoles. Este funcionário relatou que a ex-primeira-dama teria mandado secar o espelho d'água e retirar as moedas jogadas por visitantes para doar para uma igreja, matando as carpas que lá ficavam.
“Ele [Francisco de Assis Castelo Branco, que ficou conhecido como "pastor-capeta"] mandou secar o espelho d’água, matou, porque a carpa é bem sensível, as carpas morreram, e mandou retirar todas as moedas e colocar em um balde de 20 litros. E falou que foi a mando da Michelle, que aquelas moedas eram para doação da igreja (…) Levou todas as moedas”, disse o funcionário.
Através dos stories do Instagram, na quarta-feira (8), Michelle, então, confirmou que mandou retirar as moedas do espelho d'água, afirmando que pediu para que isso fosse feito quando houvesse a limpeza e manutenção periódica. A solicitação, segundo ela, teria sido feita no dia 30 de dezembro, um dia antes de fugir com seu marido para os Estados Unidos. A ex-primeira-dama informou ainda que as moedas recolhidas, totalizando R$ 2.213,55, foram doadas para a Vila do Pequenino Jesus, de Brasília, divulgando uma foto do suposto recibo e de um vídeo de agradecimento da instituição de caridade.
Na sequência, deu sua versão sobre a morte dos peixes, colocando a culpa no encarregado da empresa que faz a limpeza e manutenção do espelho d'água, destacando que o fato teria ocorrido "muito depois" de sua saída do Palácio, para se eximir da responsabilidade.
Um detalhe no recibo da suposta doação das moedas à instituição de caridade postado por Michelle, no entanto, chama a atenção por uma "coincidência". A data que consta no documento é 08/01/2023. Trata-se do dia exato em que bolsonaristas realizaram um ataque terrorista contra as sedes dos Três Poderes em Brasília. Naquele dia, Michelle e seu marido, Jair Bolsonaro, já estavam há mais de uma semana nos EUA.
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