O assassinato da estudante universitária da UFPI (Universidade Federal do Piauí) Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, ocorrido durante a realização de uma festa no campus da instituição de Teresina (PI), na madrugada de 29 de janeiro, foi filmado com o celular pelo autor, um aluno da pós-graduação em Matemática que estudava no mesmo local, identificado como Thiago Mayson da Silva Barbosa. Ele está preso.
Janaína, que cursava o 6° período de Jornalismo, chegou a ser levada para o hospital, embora já estivesse morta, após o criminoso ser flagrado com seu corpo por vigilantes da UFPI, a quem ele disse que a aluna “precisava de socorro” porque “teria passado mal” durante um “ato sexual consentido”, ocorrido num laboratório do campus. Horas depois, a polícia descobriu toda a verdade, já que a jovem apresentava vários ferimentos pelo corpo e o suspeito estava ensanguentado.
Segundo o delegado Francisco Costa Baretta, chefe da Delegacia de Homicídios de Teresina, responsável pelas investigações, o criminoso filmou com o celular toda a dinâmica do assassinato, o que acabou por fornecer provas contra ele próprio. Os policiais descobriram ainda que Thiago Mayson também cometeu o crime de vilipêndio de cadáver, já que ele teria estuprado a vítima depois de morta, o que é chamado de necrofilia.
“Foi constatado que o mesmo manteve relações sexuais com a vítima já sem vida, necrófilo... Ele filmou praticamente toda a conduta criminosa praticada por ele, ou seja, é tão sarcástico que construiu provas contra si mesmo. Um verdadeiro psicopata”, disse Baretta sobre o homicida.
O assassino, que desde o início dizia à polícia que todo o envolvimento sexual com a vítima teria sido consensual, havia alegado que o preservativo usado no ato teria rasgado, o que o fez dispensá-lo em qualquer lugar. As autoridades também descobriram que ele mentia sobre esse momento do crime, já que encontraram a camisinha escondida dentro de um armário da sala onde o bárbaro homicídio foi cometido, onde os policiais já tinham encontrado um colchão sujo de sangue, onde a jovem foi morta.
Com Janaína apresentando lesões nos olhos, no rosto, nos braços, com as roupas rasgadas e ensanguentadas, as partes íntimas machucadas e o pescoço quebrado, o acusado seguia apresentando a versão de que durante um ato sexual consentido “um acidente” teria provocado o trauma medular que ocasionou o falecimento da estudante, o que para a Polícia Civil do Piauí jamais foi considerado como uma hipótese plausível. Thiago Mayson segue em prisão preventiva, onde deve permanecer até o julgamento, ainda sem data marcada.