REINCIDÊNCIA CRIMINAL

Por que Elize Matsunaga pode voltar para prisão

Condenada por assassinar e esquartejar o marido, em 2012, ela está em liberdade condicional desde o ano passado

Elize Matsunaga negou as acusações.Créditos: Reprodução/Netflix
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Elize Matsunaga, que ficou conhecida após ser condenada a 16 anos de prisão por assassinar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em 2012, pode voltar à prisão.

Ela está em liberdade condicional desde o ano passado, mas, agora, foi indiciada pela Polícia Civil por ter, supostamente, utilizado documento falso para conseguir emprego em uma empresa de construção civil em Sorocaba, no interior de São Paulo.

Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, usou as redes sociais para confirmar a informação da abertura do inquérito.

“A Polícia Civil identificou que Elize Matsunaga usava documento falso em Sorocaba. Infelizmente, a reincidência criminal é uma das realidades com as quais nossas polícias se deparam. Ela havia sido solta na progressão de pena, que se demonstra um entrave para segurança pública”, postou.

Conforme a investigação, o documento falso que teria sido utilizado por Elize é o atestado negativo para antecedentes criminais. Há indícios de que ela usou documento de outro funcionário e colocado seu nome de solteira, Elize Araújo Giacomini.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou uma nota para informar que recebeu uma denúncia anônima a respeito da suposta falsificação de documento e que, durante as apurações, a polícia identificou que “uma egressa do sistema prisional estava utilizando um atestado de antecedentes criminais falsificados”. A irregularidade, segundo a SSP, foi comprovada após exames periciais.

Na segunda-feira (27), Elize foi detida em Franca, no interior de São Paulo, onde trabalha, atualmente, como motorista de aplicativo. Encaminhada para a delegacia de Sorocaba para prestar depoimento, ela negou que tenha falsificado o documento e foi liberada em seguida.

Bebidas alcoólicas violam regras da condicional

Agentes se dirigiram à antiga residência de Elize, em Sorocaba. Um notebook e o aparelho celular foram apreendidos. Além disso, policiais encontraram fotos e vídeos da acusada ingerindo bebidas alcoólicas em uma praia, o que viola a condicional do regime aberto. O material será enviado para o promotor.

Caso fique comprovada a violação das regras do regime aberto, a Justiça pode pedir o retorno dela à prisão, conforme Derrite. “A comunicação formal foi feita ao Juízo das Execuções Penais, a quem cabe a decisão”.