JUSTIÇA

Por que o ex-Polegar Rafael Ilha será ouvido num processo sobre Marielle Franco

Ex-cantor dos anos 80 será ouvido por carta precatória em São Paulo, próximo da data em que se completam cinco anos do assassinato da vereadora carioca

Ex-cantor Rafael Ilha e a vereadora assassinada Marielle Franco.Créditos: Record TV e PSOL/Reprodução
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O ex-cantor Rafael Ilha, que foi integrante do grupo Polegar nos anos 80, e que se tornou ainda mais conhecido por seus inúmeros problemas com a dependência química nos anos após a fama, terá que ser ouvido num processo relacionado à vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em março de 2018 por milicianos no Rio de Janeiro, num caso que segue sem solução total até hoje.

A oitiva de Ilha, que será realizada por carta precatória, ou seja, a partir de São Paulo, estado em que ele vive, diz respeito a uma ação que corre no Judiciário fluminense, na 37ª Vara Cível do Rio. Nela, o artista aposentado é processado por ter feito declarações falsas contra a honra e a memória da parlamentar executada por milicianos.

Em agosto de 2021, Ilha participou do podcast “Cortes de Inteligência”, no qual ele afirmou que Marielle “era envolvida com crime”, “foi casada com traficante” e que também “foi eleita pelo crime organizado”, reproduzindo o discurso totalmente falso espalhado por bolsonaristas.

Uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro, há mais de um ano, já fez com que as calúnias e difamações fossem retiradas do ar pelos produtores do programa de internet, por ordem do magistrado Sandro Lúcio Barbosa Pitassi, que determinou também que os conteúdos ficassem armazenados no Google até o encerramento da ação.

O processo contra o ex-Polegar pede uma indenização no valor de R$ 100 mil por danos morais, que em caso de vitória dos advogados da família da vereadora, será remetido para o pai, a mãe, a filha e a viúva de Marielle, a atual vereadora carioca Monica Benicio.