EXPLORAÇÃO

Prefeito de São Sebastião aciona Procon contra “inflação” no preço da água e frete aéreo

Empresas de helicóptero cobram até R$ 40 mil para retirar pessoas ilhadas no litoral de SP e comerciantes vendem pack com 12 garrafas de 500 ml de água por R$ 93

São Sebastião em estado de calamidade pública.Créditos: Reprodução/Twitter Prefeito Felipe Augusto
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Diante do cenário trágico no litoral de São Paulo, devido ao estrago causado pelas fortes chuvas na região, o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), vai acionar o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon).

Alheios ao drama vivido pela população, empresas de helicóptero estão cobrando até R$ 40 mil para retirar pessoas ilhadas no local das enchentes. Além disso, alguns comerciantes estão vendendo o pack com 12 garrafas de 500 mil de água por até R$ 93.

Felipe Augusto classificou os promotores dos fretes em helicópteros como “aproveitadores”.

“Nós vamos no meio dessas operações de serviço, já vou determinar o Procon que fiscalize com muito rigor, porque o que os aproveitadores eles estão fazendo um absurdo”, declarou o prefeito, em entrevista à CNN.

Ele disse, também, que encontrou a comercialização de vários itens superfaturados, como água potável, que se tornou escassa na região. Felipe Augusto revelou que a venda de água a preços abusivos está sendo registrada em estabelecimentos comerciais do município.

“São vendas, mercados, bares, diversas pessoas que tinham estoque. O que você imaginar está acontecendo”, acrescentou.

Uma moradora denunciou à TV Globo que um litro de água, que custava R$ 3 nos supermercados, disparou para R$ 15,50. Em alguns estabelecimentos, o pack com 12 garrafas de 500 ml está sendo vendido a R$ 93. Novas denúncias dão conta de que café está sendo comercializado a R$ 30 e macarrão, a R$ 20.

Procon pede que abusos sejam denunciados

O Procon de São Paulo anunciou que está ciente do que está ocorrendo com aumentos abusivos de preços de itens de primeira necessidade, como alimentos, remédios, água e combustíveis, em consequência da situação de calamidade enfrentada em vários pontos do litoral paulista.

Wilton Ruas, diretor executivo da Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do governo do estado, afirmou que, abusos praticados sobre a população atingida, se comprovados, devem ser denunciados ao Procon-SP ou aos Procons Municipais para o processo de investigação e possíveis punições.

“Nos casos em que as pessoas identifiquem situações que possam ser enquadradas como abuso na relação de consumo, a orientação é solicitar a nota fiscal ou tentar registrar tal prática de alguma forma que permita a correta análise e investigação pelos órgãos competentes”, aconselha o Procon.

As denúncias devem ser registradas no site www.procon.sp.gov.br, na página Espaço Consumidor.