ESCLARECIDO

Ministro não esteve em flat da suposta injúria racial; homem teria se passado por ele

Mauro Vieira sequer pisou no local, no Rio. Polícia comprovou versão do chanceler pelas câmeras. Autor da ofensa teria dado seu nome, já que chanceler tem imóvel no prédio

O chanceler Mauro Vieira.Créditos: Agência Brasil
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O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, que na tarde desta sexta-feira (8) foi acusado de injúria racial por uma camareira do flat Top Leblon, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro, nem mesmo esteve no local nos últimos dois meses, embora tenha um imóvel no edifício. A versão dada pela funcionária, que registrou o caso na 14ª DP, foi desmontada pela Polícia Civil, que foi ao local e checou as câmeras de segurança do estabelecimento.

Mauro, no horário indicado pela suposta vítima (11h30), estava acompanhado de quatro assessores do Itamaraty num compromisso em Copacabana, hospedado em outro imóvel que possui neste bairro. Ela já havia negado qualquer envolvimento no caso e explicado que há pelo menos 60 dias não vai ao apartamento que tem no Top Leblon.

De acordo com apuração da Fórum, o homem que teria xingado a camareira de “preta suja” e “macaca” teria se identificado com o nome do chanceler para ela, o que a fez crer que se tratava do diplomata. As imagens registradas no circuito de vigilância teriam mostrado, de fato, uma outra pessoa como a suposta autora da injúria.

A Polícia Civil tentará, agora, descobrir o que de fato aconteceu no flat. As investigações devem esclarecer se efetivamente o crime ocorreu e, em caso positivo, quem seria a pessoa que lançou ofensas à trabalhadora e por qual razão se identificou como o ministro que comanda o Itamaraty.

*Matéria atualizada às 17h43.