Um chocante duplo homicídio por envenenamento em Goiânia (GO) deixou o Brasil perplexo esta semana. Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, um assistente de administração da Polícia Civil de Goiás, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, apresentaram repentinamente sintomas graves, principalmente gastrointestinais, no domingo (17), após um café da manhã em casa. Em questão de horas, após serem levados para um hospital, onde foram internados numa UTI, os dois morreram.
Inicialmente, os investigadores foram atrás de acusações levantadas pela família, e que se espalharam pelas redes sociais, que apontavam para algum problema com uma sobremesa comprada numa famosa doceria da região. No entanto, após uma série de diligências, exames, análises e vistorias no local, as autoridades afirmaram que o estabelecimento e seus produtos não tinham relação com o trágico episódio.
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Foi uma questão de dias para a verdadeira responsável pelo envenenamento aparecer. Segundo a Polícia Civil de Goiás, Amanda Partata, ex-namorada do filho de Leonardo, teria comprado os itens para a refeição matinal, como suco, pães e doces, e teria colocado um tipo de pesticida ainda não identificado nos alimentos. Mas você pode estar se perguntando: por que a ex-nora de uma das vítimas estava tomando café com a família do ex-namorado num domingo de manhã.
Amanda teria tido o que ela classifica de namoro com o jovem filho e neto das vítimas fatais, mas na verdade tudo não passou de uma relação de um mês e meio. Por conta de seu comportamento, o rapaz teria terminado o breve romance, momento em que passou a receber uma infinidade de ameaças graves por meio de seis perfis fake criados pela acusada e de mais de 100 números diferentes de celular, gerados por um aplicativo, de acordo com as investigações.
Inconformada com o fim do “namoro” de um mês e meio, Amanda inventou que estava grávida para não perder o vínculo com a família do jovem. Diante da situação, Leonardo, pai do ex-namorado, e dona Luiza, avó dele, acolheram a advogada de 31 anos, que na internet se passava por psicóloga. Eles chegaram a organizar com ela um chá-revelação para mostrar o sexo da criança que nem mesmo existia em seu ventre.
Como álibi, Amanda, que também ingeriu os alimentos no café da manhã, embora porções que não estivessem envenenadas, chegou a procurar um atendimento médico momentos depois de sair da casa do ex-sogro, afirmando ter sintomas que naturalmente ela sabia que apareceriam nas vítimas em uma questão de horas.
Os responsáveis pelo inquérito, que corre na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, dizem que o caso já está praticamente concluído, faltando apenas descobrir qual foi a substância utilizada para envenenar a comida e a bebida consumidas no café da manhã.