Na noite deste sábado (25), manifestantes do movimento Frente de Luta por Moradia (FLM) ocuparam um prédio do Ministério da Saúde localizado na Avenida 9 de Julho, no bairro Bela Vista, em São Paulo (SP), onde estaria localizado o Núcleo Estadual da pasta no estado.
O grupo, formado por mulheres, homens, crianças e idosos, segurava cartazes com frases como “Ocupar não é crime” e “Nenhuma Mulher Sem Casa”. Eles transmitiram a ação no Instagram do movimento. Com a chegada da polícia, entoaram a palavra de ordem “Ocupação não é caso de polícia”.
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A FLM afirma que o prédio estava abandonado, sem função social e que ele pertence à União, por isso foi ocupado. Um funcionário que trabalhava no prédio confirmou ao G1 que ele estava desocupado, mas disse que seria usado para "algum serviço federal". O grupo foi dispersado da área por volta das 23h40.
AGORA! Movimentos de luta por moradia ocupam prédio do Ministério da Saúde, na Av 9 de Julho, centro de SP. pic.twitter.com/ftybDyQSvm
— André Chiarati (@andrechiarati) November 26, 2023Te podría interesar
Repressão policial
Em um vídeo, é possível ver o momento em que a líder do movimento negocia a saída pacífica dos ocupantes com a Polícia Militar e os policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), que foram ao local.
Os policiais afirmam que vão aguardar a saída dos que estavam dentro do prédio, mas logo começam a reprimir os manifestantes, jogando spray de pimenta e gás lacrimogêneo.
A FLM afirmou que “a PM usou da força repressiva para oprimir famílias que lutam pelo direito à moradia” e questionou se “a polícia militar do governo Tarcísio desconhece que o prédio pertence à União e segue sem função social”.
“Ocupar não é crime. Enquanto houver gente sem casa, haverá a luta dos trabalhadores sem-teto!”, disse ainda.