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Black Friday: Conheça a polêmica sobre conotação racista do termo e dicas para compras seguras

Saiba a origem da data de pechinchas nos EUA que ocorre na última sexta-feira do mês de novembro e marca o início da temporada de compras natalinas; evite ciladas

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Na sexta-feira novembro (24) ocorre a Black Friday, que na última década se consolidou como uma das datas mais importantes para o comércio brasileiro.

Os consumidores e consumidoras têm a oportunidade de comprar, em lojas físicas ou on-line, diversos itens com descontos relevantes: eletrônicos, eletrodomésticos, roupas, calçados e serviços. 

Mas é preciso estar atento para não cair em ciladas de promoções falsas conhecidas como "metade do dobro" da "Black Fraude". (confira dicas abaixo).

História da Black Friday

A Black Friday ocorre sempre na última sexta-feira do mês de novembro e surgiu nos Estados Unidos.

O dia de grandes promoções logo depois do feriado de Ação de Graças, que cai sempre na última quinta-feira do mês de novembro.

Esse dia de pechinchas existe desde a década de 1960 na terra do Tio Sam. Marca o início da temporada de compras natalinas com promoções significativas em muitas lojas e varejistas online. 

O termo "Black Friday" surgiu na década de 1960 na Filadélfia, onde era usado para descrever o intenso movimento de pessoas e veículos no dia após o Ação de Graças. 

Mais tarde, o termo foi associado à noção de que os varejistas "saiam do vermelho" (prejuízo) e "entrem no negro" (lucro) devido ao aumento das vendas. 

Com o tempo, a Black Friday se espalhou para outros países, tornando-se um fenômeno global de compras.

Conotação racista

Desde 2020, várias empresas brasileiras aboliram o uso da expressão Black Friday em razão de sua conotação racista.

Em inglês, o termo remete à expressão ‘to be in black’, que corresponde ao que chamamos de ‘ficar no azul’, ou ‘sair do vermelho’, um balanço positivo do mercado.

Já no Brasil, há um outro contexto. Em terras brasileiras, onde o racismo reverbera no nosso vocabulário, usamos as palavras ‘preto’ e ‘negro’ para desqualificar alguma coisa.

Então, quando falamos de Black Friday no Brasil, chamamos de ‘preto’ o dia em que produtos são vendidos a um preço menor, inferior.

Por essas razões, empresas como o grupo O Boticário aboliram o uso da expressão. Em 2020, a companhia de produtos de beleza anunciou que não usará mais o termo para designar o período de descontos e promoções que acontece no final de novembro e passou a usar Beauty November.

À época, o presidente da companhia, Artur Grynbaum, escreveu em seu perfil no LinkedIn:

Há anos conversamos sobre a possível origem do termo ‘Black Friday’, sobre a ausência de dados científicos que comprovem que ele realmente não se relaciona à questão da escravatura. Então, respeitando os movimentos que sentem desconforto com o termo, decidimos parar de refletir e começar a agir – não teremos mais o termo Black Friday no Grupo Boticário.

A Natura, outra gigante do varejo, também aboliu o uso do termo e passou a usar Natura Friday. A M.A.C.,marca de cosméticos, optou pela Beauty Month.

Na dúvida, melhor não usar mesmo.

Confira as dicas para não cair em ciladas

  • Planejamento e Pesquisa: Planeje suas compras com antecedência e pesquise os preços dos produtos desejados em diferentes lojas.
     
  • Avalie a Necessidade da Compra: Não se deixe levar apenas pelos descontos. Compre apenas o que realmente precisa ou planejou adquirir.
     
  • Conheça seus Direitos: Esteja ciente dos seus direitos como consumidor, incluindo política de trocas e devoluções.
     
  • Compare Preços: Use sites e aplicativos de comparação de preços para garantir que está conseguindo um bom negócio.
     
  • Atenção às Ofertas: Desconfie de descontos exageradamente altos e verifique a procedência e a reputação da loja.
     
  • Cuidado com Fraudes: Proteja seus dados pessoais e financeiros, evite clicar em links suspeitos ou fornecer informações em sites não confiáveis.
     
  • Cuidado com sites e e-mails fraudulentos: Procure entrar no site oficial da loja pelo endereço online e não por meio de links duvidosos que podem chegar por e-mail ou pelo celular (SMS, Whatsapp etc). Tais anúncios podem também servir para instalar software malicioso.
     
  • Olho vivo em anúncios nas redes sociais - Atenção para anúncios em redes sociais realizados por fornecedores desconhecidos, pois não há qualquer garantia de proteção. Alguns Procons também publicam em seus sites listas de fornecedores que devem ser evitados.
     
  • Mantenha registros das compras -  Tenha cópia dos anúncios e de suas condições, para conseguir, caso precise, comprovar algum tipo de problema junto ao fornecedor ou ao Procon.