Declarações do vereador Leo Mota (PDT), de Fazenda Vilanova, município próximo a Porto Alegre, Rio Grande do Sul, chocou os moradores locais. Durante discurso na Câmara Municipal, ele defendeu atos de violência contra cachorros que ficam nas ruas da cidade.
As afirmações ocorreram em sessão no dia 9 de outubro, mas só viralizaram nesta quarta-feira (1º), nas redes sociais.
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“Gente, quem quer ter um cachorro tem que ter em casa. Preso no pátio, amarrado. Eu, lá na casa da minha mãe, nós temos quatro. Se sair do pátio e incomodar o vizinho, pode matar e eu parabenizo quem matou. Tem que ser na casa”, disse o vereador.
Mota disse que a declaração ocorreu depois que um morador do município sofreu um acidente de trânsito por ter sua frente cortada por um cachorro. Ele ainda tentou justificar sua tese afirmando que produtores rurais estão tendo perdas materiais pela ação de cães que invadem as propriedades.
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“De repente por não ter muito estudo e ser um cara da roça, meio grosso, a gente se expressa errado. Eu, perante a Deus, Deus sabe qual foi a minha intenção. As pessoas podem tentar me incriminar, mas eu não dou bola. Eu sei, como cristão, o que eu quis dizer”, disse Mota, em entrevista ao G1.
O vereador tentou se defender das críticas alegando que foi mal-interpretado. Mota negou as acusações de apologia à violência animal.
“Em momento algum eu falei que tem que matar. Quando eu digo que tem que eliminar é tirar da rua”, tentou consertar.
Denúncias chegam ao MP-RS
Após a péssima repercussão das falas de Mota, três denúncias anônimas chegaram ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS). O caso ganhou dimensão maior ainda depois que o deputado federal Delegado Bruno Lima (PP) republicou o vídeo em suas redes. Lima disse que um ofício já foi feito para que as declarações sejam investigadas.
Leo Mota está em seu quarto mandato como vereador de Fazenda Vilanova. Ele foi reeleito em 2020, com 163 votos.