VIOLÊNCIA DESMEDIDA

Policial é acusado de matar funcionário de bar anexo a clube de tiro em SP após treino

Agente de Polícia Civil teria ficado embriagado após sessão de tiros e contrariado com orientação de empregado teria disparado em seu rosto, fugindo do local

Créditos: Divulgação/SSP-SP
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As autoridades paulistas investigam um crime bárbaro ocorrido em Itaquaquecetuba, na Região Metropolitana de São Paulo, na noite do último sábado (7). Segundo testemunhas e o boletim de ocorrência registrado sobre o fato, um agente da Polícia Civil teria assassinado com um disparo à queima-roupa no rosto um jovem que era funcionário de um bar anexo a um clube de tiro da cidade.

Segundo a versão apresentada no BO, o policial Ronaldo Costa da Silva, de 47 anos, passou uma parte do dia praticando tiro num estande e loja de munições e armas que funciona na avenida Tancredo Neves e, após o tal exercício, teria tomado pelo menos sete cervejas no bar que fica junto ao clube e que tem o mesmo proprietário.

Às 18h, ocasião em que o local teria que ser fechado, por orientação do dono, o empregado Mateus Felipe do Nascimento Vieira, de 28 anos, comunicou ao policial que precisava encerrar o bar, mas passou, então, a ser hostilizado por ele, que, segundo testemunhas, aparentava estar alcoolizado. O rapaz chegou a ligar para o patrão para informar a situação inconveniente e ele então saiu de casa para ir até seu comércio, uma vez que conhecia Ronaldo e pretendia convencê-lo a sair sem causar problemas.

O boletim de ocorrência informa que uma testemunha disse o agente policial, já havia alguns minutos, estava agitado e sempre pegando a pistola Glock 9mm que levava na cintura, de propriedade do Estado de São Paulo. O dono do lugar, pelas câmeras de monitoramento, que transmitiam para seu celular, também diz que viu o comportamento estranho do acusado, mas que pensou tratar-se de uma conversa descontraída, uma brincadeira que estava bêbado.

Foi então, diz o registro lavrado na Delegacia Sede de Itaquaquecetuba, que Ronaldo aproximou a arma do rosto de Mateus e efetuou um disparo, matando o jovem na hora. A testemunha contou ainda que a partir daquele momento o acusado parecia atordoado, sem saber o que fazer. Ele estava com uma viatura descaracterizada estacionada perto do clube de tiro, onde deixou um colete balístico da Polícia Civil, carregadores, munições e uma granada de som e luz. Ronaldo teria saído do local num automóvel que parou para buscá-lo, que se suspeita ser um carro de aplicativo.

De acordo com os investigadores, após atirar em Mateus, Ronaldo teria alterado a cena do crime e deixado a pistola ao lado do corpo da vítima para tentar simular um ato de suicídio, mas as câmeras do bar teriam flagrado tudo e já estão em poder do delegado responsável pelo caso.

O caso foi encaminhado para a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e o policial acusado já foi encontrado, tendo sido mantido em prisão preventiva por determinação do juiz que realizou a audiência de custódia.