VIOLÊNCIA

Ele fazia aniversário, fez uma corrida de táxi, foi morto e um de seus assassinos também

Raimundo Nepomuceno prometeu que voltaria para seguir com celebração, assim que ganhasse um dinheiro. O que ocorreu na sequência é um mistério

Imagem ilustrativa.Créditos: Pixabay Free
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Era sábado (28) no município de Barão de Cocais, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), e o taxista Raimundo Anastácio Nepomuceno completava 64 anos. Em casa com a família, o trabalhador comemorava mais um ano de vida e as celebrações deveriam transcorrer por todo o dia. Após o almoço, ele recebeu um chamado para fazer uma corrida. Como as coisas não andam fácil para ninguém, Raimundo prometeu à filha que voltaria em minutos, após ganhar um dinheirinho, para que então todos seguissem com a festa.

No entanto, as horas foram se passando e o taxista não retornava. O chamado era para buscar passageiros no bairro Varginha, num sítio, nem tão longe de sua casa. A família passou a desconfiar de que algo errado havia ocorrido por conta do atraso, e saiu pelas ruas de Barão dos Cocais. Eles encontraram o veículo do taxista estacionado nas redondezas e com os vidros abertos.

Na manhã seguinte, de domingo (29), os parentes encontraram um corpo dentro de uma manilha, parcialmente carbonizado, numa estrada vicinal da região. Era o cadáver de Raimundo, vítima de uma violência brutal.

O táxi da vítima, parado na cidade, estava na porta da casa de um adolescente conhecido por seu envolvimento com crimes na localidade. Não demorou muito para que os PMs, em contato com a mãe do suspeito, descobrissem que, de fato, ele e um amigo de 18 anos, identificado como Kayke Souza Santos, estavam envolvidos no mistério.

Na sequência dos contatos realizados pelos policiais com a mãe do jovem, a mulher contou aos agentes que o filho estava ferido e tinha sido encaminhado para o Hospital João XXIII, na capital mineira. Ele deu detalhes e a localização exata de uma casa, numa área de mata, onde os envolvidos no latrocínio teriam ido realizar uma festa após o crime contra o taxista. O problema é que alguém, que não se sabe quem é, esteve por lá na madrugada, tinha matado Kayke, ferido o adolescente de 16 anos e um outro envolvido, de 17, se evadindo.

A Polícia Civil de Minas Gerais, agora, investiga e tenta descobrir quem teria sido o atirador misterioso que foi até o casebre e lá disparou contra os jovens criminosos que momentos antes tinham assassinado covardemente o motorista que deixara seu próprio aniversário para ganhar algum dinheiro.