A Justiça do Rio de Janeiro condenou na quarta-feira (18) a 18 anos e nove meses de prisão o pastor Edson Miguel dos Santos Cunha, que em maio de 2020, em pleno auge da pandemia, tentou matar sua amante a pauladas, deixando a vítima cega dos dois olhos e com o rosto totalmente desfigurado. O crime aconteceu no município de Valença, no interior fluminense.
Fervorosamente evangélico, Edson ficou furioso por Adélia Aparecida de Jesus ter revelado o caso que mantinham em segredo à esposa dele. Ele, então, marcou um encontro às escondidas com a vítima, como fazia habitualmente, e ao chegar ao local a surpreendeu com golpes de taco de beisebol. Mesmo desmaiada pelos golpes na cabeça, ele seguiu batendo com o artefato de madeira maciça no rosto da mulher, que ficou desfigurada por inúmeras lesões e fraturas, inclusivo no braço direito. Seus dois olhos foram afetados pelos violentos golpes e ela ficou cega de forma irreversível.
“Trata-se de um crime bárbaro, muito violento, em que a vítima foi espancada cruelmente e abandonada na estrada de Barão de Juparanã. Ela foi socorrida pelo Samu, foi desacordada (para o atendimento médico). Teve momentos em que ela conseguiu declarar, balbuciar algumas coisas, o nome do autor. Disse que teria sido agredida por taco de beisebol”, falou o delegado responsável pelo caso à época, Luciano Coelho dos Santos.
Além de pastor evangélico, o condenado é aposentado do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro. Ele chegou a fugir para a cidade de Japeri, também no Rio, horas depois do crime, o que fez com que as autoridades espalhassem nas redes um cartaz de “procurado”.